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O impacto dos fogos florestais nos solos e no bacterioma de acacia longifolia: um caso de estudo em mira, Aveiro
Os fogos florestais provocam perturbações nos ecossistemas, sendo cada vez mais frequentes nos climas Mediterrânicos. A introdução de espécies exóticas, que podem tornar-se invasoras, como o género Acacia, tem-se revelado impactante em regiões do nosso país, diminuindo a biodiversidade e alterando a composição dos solos. Atualmente, Acacia longifolia é uma das invasoras mais agressivas, e como leguminosa, é capaz de fixar azoto atmosférico por associação simbiótica com bactérias no interior de nódulos radiculares, com outras funções ainda desconhecidas. Neste trabalho foram amostradas áreas não ardidas e ardidas, onde se estudou (1) o impacto do fogo nas propriedades químicas dos solos e (2) a diversidade de bactérias cultiváveis isoladas do interior de nódulos radiculares de A. longifolia, por técnicas de microbiologia clássica, DNA fingerprinting e identificação por sequenciação de genes. Em zonas ardidas, verificou-se um aumento da matéria orgânica, fósforo e azoto nos solos e uma alteração do bacterioma de A. longifolia com Bradyrhizobium sp. mantendo-se como principal mutualista. Encontrou-se uma menor diversidade, associada a uma maior especificidade para os fixadores de azoto. Estas alterações podem potenciar a invasão de A. longifolia após o fogo.