主动学习:使用主动方法的经验和研究

IF 0.1 Q4 EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH
Lucimara de Sousa Teixeira, Dalva Célia Henriques Rocha Guazzelli
{"title":"主动学习:使用主动方法的经验和研究","authors":"Lucimara de Sousa Teixeira, Dalva Célia Henriques Rocha Guazzelli","doi":"10.5585/eccos.n66.24391","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A presente coletânea foi organizada pelas doutoras Adriana Aparecida de Lima Terçariol, Elisangela Aparecida Bulla Ikeshoji e Raquel Rosan Christino Gitahy que apresentam nesta obra, estudos de diversos autores que desenvolveram experiências e pesquisas com as metodologias ativas, promovendo a reflexão da utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), em especial o emprego das metodologias ativas como ferramentas para o ensino e a aprendizagem. Relatam também a preocupação com o devido preparo para a formação dos docentes para empregarem estas metodologias ativas na promoção da aprendizagem, nos diferentes segmentos de ensino. A obra contém treze capítulos que serão comentados a seguir, de modo breve, à essência de cada um deles. No capítulo 1 intitulado “Os avanços, as dificuldades e os desafios emergentes no fazer pedagógico no âmbito da educação básica em tempos de cibercultura”, as autoras expõem os avanços das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) na educação básica e abordam a cibercultura, o direito à comunicação como um exercício da cidadania, o compartilhamento e a liberdade na construção das redes sociais. Fazem referência à mobilidade digital e aos games que facilitam o processo de aprendizado e revelam que os docentes não têm formação adequada para utilizar todas as potencialidades que as tecnologias podem trazer para o processo de ensino e aprendizagem. No capítulo 2, “Estilos de ensino versus estilos de aprendizagem no contexto do Ensino Médio: sob a luz da Base Nacional Comum Curricular”, as autoras alertam para a responsabilidade da escola como instituição social, discutem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018) e explicam que suas observações foram baseadas em uma pesquisa de natureza documental. Nesse âmbito, expressam que o aluno se transforma, a partir do momento que aprende, tendo assim a possibilidade de intervir no ambiente em que está inserido. No capítulo 3, “Aprendizagem Baseada em Projetos na Educação Básica: a articulação da educação ambiental e das tecnologias digitais”, as autoras apontam o papel da tecnologia como recurso e estratégia metodológicas no desenvolvimento de um projeto voltado para a sustentabilidade na educação ambiental. Elas ressaltam a metodologia ativa Aprendizagem Baseados em Projetos (ABP) como o centro de um projeto que relaciona o homem com a natureza, potencializando uma educação orientada para as questões ambientais, conscientizando o modelo consumista atual da sociedade. A Educação Ambiental (EA) é relacionada como uma forma de cidadania, construindo uma reflexão sobre a qualidade de vida, iniciada desde o Ensino Fundamental, em que as crianças se tornam agentes multiplicadores, capazes de sensibilizar os adultos nas questões ambientais. As autoras reforçam que um projeto pode envolver a multidisciplinaridade, como chave de reflexão, com o desenvolvimento de uma proposta pedagógica inovadora, dando significado ao processo de aprendizado. No capítulo 4, “O uso do WhatsApp no processo de ensino e aprendizagem de história na Educação Básica: em destaque suas potencialidades e o papel do professor”, os autores demonstram que o uso da tecnologia é inevitável, uma vez que, com esses recursos são criados ciberespaços, ou seja, novos espaços para o aprendizado. Falam especificamente do WhatsApp, um aplicativo que também é utilizado para enviar mensagens, fotos, textos, que foi utilizado na experiência dos autores para o aprendizado do componente curricular de História, a partir de um estudo bibliográfico, refletindo sobre um ponto chave que são as potencialidades do WhatsApp e o papel do docente nesse ambiente. Sugerem uma educação híbrida devido às novas tecnologias apresentadas, enfatizando que o professor não é mais o centro das informações e do conhecimento. No capítulo 5, “O pensamento lógico computacional plugado e não plugado na educação matemática”, as autoras apresentam um recorte de uma pesquisa de mestrado e enfatizam o pensamento lógico computacional como um processo de aprendizagem da matemática na Educação Básica. A pesquisa que resultou este capítulo utilizou uma metodologia de caráter qualitativo e como instrumentos para coleta de dados foram utilizados: a observação, o questionário, grupos focais e entrevistas semiestruturadas junto a estudantes de 13 e 14 anos. As autoras do capítulo descrevem a importância de saber uma linguagem de programação, como um processo que organiza o pensamento de forma lógica, desenvolvendo um processo mental e conceitual de pensamento. Elas destacam o aplicativo Scratch como uma linguagem de programação visual, que envolve vários conceitos que potencializam o processo de ensino e aprendizagem, especialmente, a perspectiva do “aprender com prática”. No capítulo 6, “Gamificação e o game aliados ao processo avaliativo: uma experiência nos anos finais do ensino fundamental com língua portuguesa”, as autoras abordam o uso do game como ferramenta para ensinar o conteúdo do componente curricular de Língua Portuguesa. Este capítulo relata que a escola contemporânea tem necessidade de inovar suas práticas pedagógicas, por meio da “gamificação”, como uma excelente ferramenta didática. As autoras dialogam com Almeida (2003), seguindo o conceito que o desenvolvimento de um jogo propicia aos educandos exercitarem a responsabilidade, a reflexão, a solução e a avaliação. No capítulo 7, “Inclusão digital: protagonismo discente em ação”, as autoras apresentam suas experiências com um projeto, a partir do qual inseriram os discentes como protagonistas, ou seja, como sujeitos ativos na transformação da realidade. O projeto que se constituiu como uma oportunidade de inclusão digital foi uma parceria entre os alunos do 1º módulo do Curso Técnico de Informática em uma Escola Técnica (Etec) juntamente com os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. O projeto foi desenvolvido em oito semanas e propiciou a participação dos discentes do curso técnico como monitores quanto ao manuseio de ferramentas tecnológicas digitais básicas, pelos estudantes de 9 a 10 anos, do 3º ano do Ensino Fundamental. Cada dupla de alunos do Ensino Técnico ficou responsável por um aluno da Educação Básica. Os discentes puderam desenvolver a liderança, o protagonismo, a empatia, o raciocínio e o compartilhamento de ideias. As autoras dialogam com pensamentos de Bonilla e Pretto (2011), que explicitam que a expressão inclusão digital pode apontar para mudanças e novas aquisições de conhecimentos, competências e habilidades. No capítulo 8, “O moodlebox, a internet das coisas (IoT) e o moodle: um estudo exploratório no Curso Técnico de Desenvolvimento de Sistemas”, os autores utilizaram uma ferramenta chamada Moodlebox, um dispositivo relacionado com a Internet das Coisas (IoT), articulado à plataforma Moodle. A internet das coisas é uma tecnologia bem aceita pelos discentes, associada à modalidade de ensino e aprendizado denominada M-Learning ou Mobile Learning, que permite que alunos e docentes criem seus próprios ambientes de ensino e aprendizagem. O M-Learning está sendo cada vez mais difundido e, para utilizar essa tecnologia, é necessário o uso de smartphones, tablets ou laptops, com acesso wi-fi ou bluetooth. Tanto discentes como docentes podem criar ambientes seguros, interativos, autônomos para o processo de aprendizagem e estes, devem ser equilibrados, principalmente no que tange ao contato físico e ao virtual, com a elaboração de atividades lúdicas que façam a integração de todos os espaços e tempos. Referem-se à IoT como algo que está presente em nosso cotidiano, no desenvolvimento das cidades inteligentes, no agronegócio e na indústria 4.0. No entanto, apesar dessas tecnologias serem disseminadas em diversos setores da sociedade, ainda são pouco associadas à educação. Por fim, explicitam que o M-Learning é uma modalidade de ensino e aprendizagem que abre oportunidades para o futuro, uma vez que esses dispositivos eletrônicos estão cada vez mais presentes nos processos educacionais e na comunicação entre as pessoas. No capítulo 9, “A narrativa digital e as competências da BNCC na formação inicial de professores do curso de Pedagogia”, os autores relatam uma experiência com a construção de narrativas digitais por estudantes do curso de Pedagogia, na disciplina de Literatura Infantil. Nesse processo, esses estudantes de graduação compreenderam que, contar histórias, reinterpretar, reelaborar e modificar, faz parte do aprendizado. Os alunos criaram histórias de forma significativa, e, para isso, precisaram pesquisar, planejar, analisar e sintetizar ideias, desenvolvendo, assim, a capacidade de colaborar, exercer a criatividade, compreender a realidade e desenvolver a inteligência espacial, utilizando ferramentas tecnológicas. A partir desse capítulo é possível compreender que as narrativas digitais combinam aspectos visuais e scripts, que transmitem ao leitor, conhecimento agregado, referente aos personagens e conteúdo didático. A narrativa digital envolve: pensamento científico, crítico e criativo; comunicação; cultura digital; argumentação; autoconhecimento e autocuidado. Também a empatia e a cooperação são analisadas no processo de construção da narrativa digital, cooperando para algumas mudanças profissionais e comportamentais. No capítulo 10, “As metodologias ativas no curso de Direito: a necessidade e possibilidades de mudança no ensino e aprendizagem na área jurídica”, os autores discutem a importância das metodologias ativas no curso de Direito, demonstrando sua efetividade. Enfatizam que, as metodologias ativas de aprendizagem colocam o aluno como agente principal e responsável pela construção do seu aprendizado, unindo a prática com a teoria. Comentam sobre algumas metodologias ativas, entre elas a aula invertida, (flipped classroom), uma oposição da aula tradicional, que propõe aulas menos expositivas, mais participativas, a partir das quais o aluno pode ler o conteúdo da matéria em casa e, no encontro presencial com o docente, dedica-se às discussões. No capítulo 11, “Estudos de casos: uma proposta metodológica para a abordagem do cyberbullying em tempos de educação digital”, o autor discorre sobre a temática do cyberbullyng, uma prática que ocorre entre colegas de escola e entre alunos perante o docente e vice-versa, abordando, também, os aspectos legais, aparado pela lei nº 12.965 (BRASIL, 2014), relacionada ao cyberbullyng. O autor descreve o quanto essa prática pode vir a afetar psicologicamente uma pessoa, causando danos à sua saúde emocional como: a depressão, agressões mútuas entre colegas e até mesmo o suicídio. Destaca o quanto os jovens estão expostos às redes, o que exige um maior cuidado dos pais. O autor traz exemplos de casos reais, como: gordofobia, “ladrão vacilão” e “nudes” em redes WhatsApp. Explica o bullying como sendo uma agressão que, geralmente ocorre no contexto escolar físico, enquanto cyberbullyng ocorre no ambiente virtual, sendo muito mais divulgado por estar em um ambiente propício às redes. O autor cita o dever do Estado, no sentido de amparar as vítimas dos cyberespaços, que são propícios para dissipar fake news, big data, algoritmos, drones e inteligência artificial. No capítulo 12, “Os recursos educacionais abertos: em foco os cursos online abertos e massivos (MOOC)”, as autoras refletem sobre o uso dos recursos educacionais abertos (REA), na organização de ambientes virtuais de aprendizagem, especificamente, o Curso Online Aberto e Massivo (MOOC). Explicam que um MOOC contribui para o compartilhamento de materiais diversos, como aulas, vídeos, áudios, imagens, cursos, artigos, entre outros. Mencionam ainda que, o que regulamenta os direitos autorais do material na internet, geralmente, é o copyright, no entanto, salientam também que foram criadas as licenças Creative Commons (CC), adequadas para todo território mundial, para disponibilizar conteúdos por ferramentas como Google, Youtube, Flickr, entre outras. Os MOOCs, possibilitam que os estudantes compartilhem materiais externos, por meio de blogs e, redes sociais, que colaboram com a aprendizagem. O livro é finalizado com o capítulo 13, “Metodologias para aprendizagem ativa e uso das tecnologias digitais de informação e comunicação na educação a distância”, no qual os autores abordam as metodologias ativas para o aprendizado na educação a distância (EaD), articulando as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs). O capítulo destaca a cultura digital, em que o aprendizado pode ser construído, utilizando materiais audiovisuais, games e outros recursos. Salientam que o docente não é mais o único detentor da informação e, sim, um mediador para construção do conhecimento e, que o aluno passa a ser ativo e protagonista no seu aprendizado. Conforme se constata, toda a obra aborda como tema central as metodologias ativas, relacionadas com as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs), como um veículo para disseminar e construir o conhecimento. Percebe-se também, a inquietação dos autores com a formação adequada dos docentes para atuarem nesse cenário. A obra apresenta diversas metodologias ativas, como: aula invertida, gamificação, aprendizagem baseada em projetos, estudo de caso, entre outras. A obra argumenta com vários exemplos consistentes o quanto as metodologias ativas corroboram com o aprendizado de discentes e docentes, de forma colaborativa e ativa. Por fim, recomenda-se esta obra para os educadores e pesquisadores que desejam ampliar seus conhecimentos e vislumbrar novas experiências quanto ao uso de diferentes encaminhamentos metodológicos desde a Educação Básica até o Ensino Superior.","PeriodicalId":41824,"journal":{"name":"Eccos-Revista Cientifica","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Aprendizagem ativa: experiências e pesquisas com metodologias ativas\",\"authors\":\"Lucimara de Sousa Teixeira, Dalva Célia Henriques Rocha Guazzelli\",\"doi\":\"10.5585/eccos.n66.24391\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A presente coletânea foi organizada pelas doutoras Adriana Aparecida de Lima Terçariol, Elisangela Aparecida Bulla Ikeshoji e Raquel Rosan Christino Gitahy que apresentam nesta obra, estudos de diversos autores que desenvolveram experiências e pesquisas com as metodologias ativas, promovendo a reflexão da utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), em especial o emprego das metodologias ativas como ferramentas para o ensino e a aprendizagem. 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No capítulo 2, “Estilos de ensino versus estilos de aprendizagem no contexto do Ensino Médio: sob a luz da Base Nacional Comum Curricular”, as autoras alertam para a responsabilidade da escola como instituição social, discutem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018) e explicam que suas observações foram baseadas em uma pesquisa de natureza documental. Nesse âmbito, expressam que o aluno se transforma, a partir do momento que aprende, tendo assim a possibilidade de intervir no ambiente em que está inserido. No capítulo 3, “Aprendizagem Baseada em Projetos na Educação Básica: a articulação da educação ambiental e das tecnologias digitais”, as autoras apontam o papel da tecnologia como recurso e estratégia metodológicas no desenvolvimento de um projeto voltado para a sustentabilidade na educação ambiental. Elas ressaltam a metodologia ativa Aprendizagem Baseados em Projetos (ABP) como o centro de um projeto que relaciona o homem com a natureza, potencializando uma educação orientada para as questões ambientais, conscientizando o modelo consumista atual da sociedade. A Educação Ambiental (EA) é relacionada como uma forma de cidadania, construindo uma reflexão sobre a qualidade de vida, iniciada desde o Ensino Fundamental, em que as crianças se tornam agentes multiplicadores, capazes de sensibilizar os adultos nas questões ambientais. As autoras reforçam que um projeto pode envolver a multidisciplinaridade, como chave de reflexão, com o desenvolvimento de uma proposta pedagógica inovadora, dando significado ao processo de aprendizado. No capítulo 4, “O uso do WhatsApp no processo de ensino e aprendizagem de história na Educação Básica: em destaque suas potencialidades e o papel do professor”, os autores demonstram que o uso da tecnologia é inevitável, uma vez que, com esses recursos são criados ciberespaços, ou seja, novos espaços para o aprendizado. Falam especificamente do WhatsApp, um aplicativo que também é utilizado para enviar mensagens, fotos, textos, que foi utilizado na experiência dos autores para o aprendizado do componente curricular de História, a partir de um estudo bibliográfico, refletindo sobre um ponto chave que são as potencialidades do WhatsApp e o papel do docente nesse ambiente. Sugerem uma educação híbrida devido às novas tecnologias apresentadas, enfatizando que o professor não é mais o centro das informações e do conhecimento. No capítulo 5, “O pensamento lógico computacional plugado e não plugado na educação matemática”, as autoras apresentam um recorte de uma pesquisa de mestrado e enfatizam o pensamento lógico computacional como um processo de aprendizagem da matemática na Educação Básica. A pesquisa que resultou este capítulo utilizou uma metodologia de caráter qualitativo e como instrumentos para coleta de dados foram utilizados: a observação, o questionário, grupos focais e entrevistas semiestruturadas junto a estudantes de 13 e 14 anos. As autoras do capítulo descrevem a importância de saber uma linguagem de programação, como um processo que organiza o pensamento de forma lógica, desenvolvendo um processo mental e conceitual de pensamento. Elas destacam o aplicativo Scratch como uma linguagem de programação visual, que envolve vários conceitos que potencializam o processo de ensino e aprendizagem, especialmente, a perspectiva do “aprender com prática”. 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O projeto que se constituiu como uma oportunidade de inclusão digital foi uma parceria entre os alunos do 1º módulo do Curso Técnico de Informática em uma Escola Técnica (Etec) juntamente com os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. O projeto foi desenvolvido em oito semanas e propiciou a participação dos discentes do curso técnico como monitores quanto ao manuseio de ferramentas tecnológicas digitais básicas, pelos estudantes de 9 a 10 anos, do 3º ano do Ensino Fundamental. Cada dupla de alunos do Ensino Técnico ficou responsável por um aluno da Educação Básica. Os discentes puderam desenvolver a liderança, o protagonismo, a empatia, o raciocínio e o compartilhamento de ideias. As autoras dialogam com pensamentos de Bonilla e Pretto (2011), que explicitam que a expressão inclusão digital pode apontar para mudanças e novas aquisições de conhecimentos, competências e habilidades. 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No capítulo 9, “A narrativa digital e as competências da BNCC na formação inicial de professores do curso de Pedagogia”, os autores relatam uma experiência com a construção de narrativas digitais por estudantes do curso de Pedagogia, na disciplina de Literatura Infantil. Nesse processo, esses estudantes de graduação compreenderam que, contar histórias, reinterpretar, reelaborar e modificar, faz parte do aprendizado. Os alunos criaram histórias de forma significativa, e, para isso, precisaram pesquisar, planejar, analisar e sintetizar ideias, desenvolvendo, assim, a capacidade de colaborar, exercer a criatividade, compreender a realidade e desenvolver a inteligência espacial, utilizando ferramentas tecnológicas. A partir desse capítulo é possível compreender que as narrativas digitais combinam aspectos visuais e scripts, que transmitem ao leitor, conhecimento agregado, referente aos personagens e conteúdo didático. A narrativa digital envolve: pensamento científico, crítico e criativo; comunicação; cultura digital; argumentação; autoconhecimento e autocuidado. Também a empatia e a cooperação são analisadas no processo de construção da narrativa digital, cooperando para algumas mudanças profissionais e comportamentais. No capítulo 10, “As metodologias ativas no curso de Direito: a necessidade e possibilidades de mudança no ensino e aprendizagem na área jurídica”, os autores discutem a importância das metodologias ativas no curso de Direito, demonstrando sua efetividade. Enfatizam que, as metodologias ativas de aprendizagem colocam o aluno como agente principal e responsável pela construção do seu aprendizado, unindo a prática com a teoria. 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O autor traz exemplos de casos reais, como: gordofobia, “ladrão vacilão” e “nudes” em redes WhatsApp. Explica o bullying como sendo uma agressão que, geralmente ocorre no contexto escolar físico, enquanto cyberbullyng ocorre no ambiente virtual, sendo muito mais divulgado por estar em um ambiente propício às redes. O autor cita o dever do Estado, no sentido de amparar as vítimas dos cyberespaços, que são propícios para dissipar fake news, big data, algoritmos, drones e inteligência artificial. No capítulo 12, “Os recursos educacionais abertos: em foco os cursos online abertos e massivos (MOOC)”, as autoras refletem sobre o uso dos recursos educacionais abertos (REA), na organização de ambientes virtuais de aprendizagem, especificamente, o Curso Online Aberto e Massivo (MOOC). Explicam que um MOOC contribui para o compartilhamento de materiais diversos, como aulas, vídeos, áudios, imagens, cursos, artigos, entre outros. 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摘要

这集是由医生阿德里亚娜∙拉莫斯Terçariol柠檬,Elisangela阿帕大疱Ikeshoji和拉奎尔Rosan Christino Gitahy有这几个作者的研究工作,积极开发经验和研究方法,因此对项目的使用信息和通信技术(ict),专业的工作方法以积极作为教与学的工具。他们还报告了对培训教师使用这些积极方法促进不同教育部门学习的适当准备的关切。这本书有13章,下面将简要讨论每一章的要点。第一章题为“新兴的进步,困难和挑战在做教育在基础教育的时候流”,作者自己的指纹信息和通信技术的进步(TDICs)在基础教育和根治流沟通的权利作为公民自由、共享和社交网络的建设。他们提到了促进学习过程的数字移动和游戏,并表明教师没有接受足够的培训,以利用技术在教学和学习过程中所能带来的所有潜力。在第二章中,“教学风格和学习风格的背景下高中课程:普通国家的光芒”,作者警告说,学校和社会机构的责任,在国家基础课程(BNCC)(2018)和解释巴西言论是基于文献的搜索。在这种背景下,他们表达了学生从学习的那一刻起就会转变,从而有可能干预他们所处的环境。在第3章“基础教育中的基于项目的学习:环境教育和数字技术的衔接”中,作者指出了技术作为方法论资源和战略在环境教育可持续性项目开发中的作用。他们强调以项目为基础的主动学习方法(pbl)是一个将人与自然联系起来的项目的中心,促进以环境问题为导向的教育,提高当前社会消费模式的意识。环境教育(ee)与公民身份的一种形式有关,建立对生活质量的反思,从小学开始,儿童成为乘数者,能够使成年人对环境问题敏感。作者强调,一个项目可以涉及多学科,作为反思的关键,发展一个创新的教学建议,赋予学习过程的意义。在第四章,“使用该历史教学和学习的过程中在基础教育:突出潜能和老师的角色”,作者表明,技术的使用是不可避免的,因为这些资源问题有关联,即新的学习空间。该说的,一个应用程序,也可以用于发短信,照片,文字,这是作者的经验用于组件的学习课程,从文献的研究历史,反思该关键的一点是潜在的,在这种环境中教学的作用。由于新技术的引入,建议混合教育,强调教师不再是信息和知识的中心。在第五章“数学教育中的插电式和非插电式计算逻辑思维”中,作者从一项硕士研究中摘录,强调计算逻辑思维是基础教育中的数学学习过程。本章的研究采用了定性的方法和数据收集的工具:观察、问卷调查、焦点小组和对13和14岁学生的半结构化访谈。本章的作者描述了了解编程语言的重要性,它是一个逻辑组织思维的过程,发展思维的心理和概念过程。他们强调Scratch应用程序是一种可视化编程语言,它包含了几个增强教学和学习过程的概念,特别是“边做边学”的视角。 在第6章“游戏化和游戏结合评估过程:葡萄牙语小学最后几年的经验”中,作者讨论了使用游戏作为工具来教授葡萄牙语课程内容。本章报告说,当代学校需要通过“游戏化”作为一种优秀的教学工具来创新他们的教学实践。作者与Almeida(2003)进行了对话,遵循游戏开发允许学生行使责任、反思、解决方案和评估的概念。在第7章“数字包容:行动中的学生主角”中,作者介绍了他们在一个项目中的经验,在这个项目中,学生被插入为主角,换句话说,作为现实转变的积极主体。该项目是一所技术学校(Etec)计算机技术课程第一个模块的学生与小学三年级的学生之间的伙伴关系,构成了一个数字包容的机会。该项目在8周内开发完成,并提供了技术课程的学生作为监督员参与处理基本的数字技术工具,由9至10岁的学生,小学三年级。每对技术教育学生负责一名基础教育学生。学生能够培养领导能力、领导力、同理心、推理能力和想法分享能力。作者与Bonilla和Pretto(2011)的思想进行了对话,他们解释说,数字包容的表达可以指向知识、技能和能力的变化和新获得。在第8章“moodlebox、物联网(IoT)和moodle:系统开发技术课程的探索性研究”中,作者使用了一种名为moodlebox的工具,这是一种与物联网(IoT)相关的设备,与moodle平台相连。物联网是一种被学生广泛接受的技术,它与被称为移动学习或移动学习的教学和学习模式相关联,它允许学生和教师创造自己的教学和学习环境。移动学习正变得越来越普遍,要使用这项技术,就必须使用带有wi-fi或蓝牙的智能手机、平板电脑或笔记本电脑。学生和教师都可以为学习过程创造安全、互动、自主的环境,这些环境应该是平衡的,特别是在物理和虚拟接触方面,与娱乐活动的发展,使所有的空间和时间的整合。物联网指的是存在于我们日常生活中的东西,在智慧城市的发展中,在农业综合企业和工业4.0中。然而,尽管这些技术广泛应用于社会的各个部门,但它们与教育的联系仍然很少。最后,他们解释说,移动学习是一种为未来打开机会的教学和学习方式,因为这些电子设备越来越多地出现在教育过程和人与人之间的交流中。在第9章“数字叙事与BNCC在教育学课程教师初始培训中的能力”中,作者报告了教育学课程学生在儿童文学学科中构建数字叙事的经验。在这个过程中,这些本科生明白,讲故事、重新诠释、重新阐述和修改是学习的一部分。学生们以一种有意义的方式创造故事,为此,他们需要研究、计划、分析和综合想法,从而发展合作的能力,锻炼创造力,理解现实,利用技术工具发展空间智能。从这一章可以理解,数字叙事结合了视觉方面和脚本,向读者传递关于角色和教学内容的综合知识。数字叙事包括:科学、批判性和创造性思维;沟通;数字文化;论点;自我认识和自我照顾。此外,还分析了数字叙事构建过程中的共情和合作,以及一些专业和行为变化的合作。在第10章“法律课程中的积极方法:法律领域教学和学习变化的必要性和可能性”中,作者讨论了积极方法在法律课程中的重要性,证明了其有效性。强调主动学习方法将学生置于学习建构的主体和责任主体,将实践与理论相结合。 他们评论了一些积极的方法,包括翻转课堂,这是一种与传统课堂相反的方法,传统课堂提出较少的说明性课程,更多的参与性课程,学生可以在家里阅读材料的内容,并在与教师的面对面会议中进行讨论。11章“案例研究方法:建议数码网络欺凌的时候教育方法”的主题,作者阐述了cyberbullyng实践发生同学之间和学生之间在教学的,反之亦然,解决,同样,该项法律,使法律12965º(巴西),追查到cyberbullyng。2014。作者描述了这种做法如何影响一个人的心理,对他的情绪健康造成损害,如抑郁、同事之间的相互攻击,甚至自杀。它强调了年轻人接触网络的程度,这需要更多的父母照顾。作者提供了真实案例的例子,如:肥胖恐惧症、WhatsApp网络上的“摇摇欲坠的小偷”和“裸体”。它将欺凌解释为一种攻击,通常发生在物理学校环境中,而网络欺凌发生在虚拟环境中,在一个有利于网络的环境中更容易传播。作者指出,国家有责任保护网络空间的受害者,这些空间有利于消除假新闻、大数据、算法、无人机和人工智能。在第12章“开放教育资源:关注大规模开放在线课程(MOOC)”中,作者反思了开放教育资源(oer)在虚拟学习环境组织中的应用,特别是大规模开放在线课程(MOOC)。他们解释说,MOOC有助于分享各种材料,如课程、视频、音频、图像、课程、文章等。他们还提到,规范互联网上材料版权的一般是版权,然而,他们也指出,知识共享许可(CC)已经创建,适用于世界各地,通过谷歌、Youtube、Flickr等工具提供内容。mooc允许学生通过博客和社交网络分享外部材料,这有助于学习。本书最后在第13章“主动学习方法和数字信息和通信技术在远程教育中的使用”中,作者讨论了远程教育(EaD)中的主动学习方法,阐明了数字信息和通信技术(TDICs)。这一章强调了数字文化,在这种文化中,学习可以通过使用视听材料、游戏和其他资源来建立。强调教师不再是信息的唯一持有者,而是知识建构的中介,学生在学习中成为积极的主角。正如我们所看到的,整个工作的中心主题是积极的方法,与数字信息和通信技术(TDICs)有关,作为传播和建立知识的工具。我们也注意到,作者对教师在这种情况下工作的适当培训的担忧。该作品展示了几种积极的方法,如倒置课堂、游戏化、基于项目的学习、案例研究等。该作品通过几个一致的例子论证了积极的方法如何以合作和积极的方式证实学生和教师的学习。最后,建议教育工作者和研究人员在从基础教育到高等教育的不同方法的使用中扩大他们的知识和瞥见新的经验。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Aprendizagem ativa: experiências e pesquisas com metodologias ativas
A presente coletânea foi organizada pelas doutoras Adriana Aparecida de Lima Terçariol, Elisangela Aparecida Bulla Ikeshoji e Raquel Rosan Christino Gitahy que apresentam nesta obra, estudos de diversos autores que desenvolveram experiências e pesquisas com as metodologias ativas, promovendo a reflexão da utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), em especial o emprego das metodologias ativas como ferramentas para o ensino e a aprendizagem. Relatam também a preocupação com o devido preparo para a formação dos docentes para empregarem estas metodologias ativas na promoção da aprendizagem, nos diferentes segmentos de ensino. A obra contém treze capítulos que serão comentados a seguir, de modo breve, à essência de cada um deles. No capítulo 1 intitulado “Os avanços, as dificuldades e os desafios emergentes no fazer pedagógico no âmbito da educação básica em tempos de cibercultura”, as autoras expõem os avanços das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) na educação básica e abordam a cibercultura, o direito à comunicação como um exercício da cidadania, o compartilhamento e a liberdade na construção das redes sociais. Fazem referência à mobilidade digital e aos games que facilitam o processo de aprendizado e revelam que os docentes não têm formação adequada para utilizar todas as potencialidades que as tecnologias podem trazer para o processo de ensino e aprendizagem. No capítulo 2, “Estilos de ensino versus estilos de aprendizagem no contexto do Ensino Médio: sob a luz da Base Nacional Comum Curricular”, as autoras alertam para a responsabilidade da escola como instituição social, discutem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018) e explicam que suas observações foram baseadas em uma pesquisa de natureza documental. Nesse âmbito, expressam que o aluno se transforma, a partir do momento que aprende, tendo assim a possibilidade de intervir no ambiente em que está inserido. No capítulo 3, “Aprendizagem Baseada em Projetos na Educação Básica: a articulação da educação ambiental e das tecnologias digitais”, as autoras apontam o papel da tecnologia como recurso e estratégia metodológicas no desenvolvimento de um projeto voltado para a sustentabilidade na educação ambiental. Elas ressaltam a metodologia ativa Aprendizagem Baseados em Projetos (ABP) como o centro de um projeto que relaciona o homem com a natureza, potencializando uma educação orientada para as questões ambientais, conscientizando o modelo consumista atual da sociedade. A Educação Ambiental (EA) é relacionada como uma forma de cidadania, construindo uma reflexão sobre a qualidade de vida, iniciada desde o Ensino Fundamental, em que as crianças se tornam agentes multiplicadores, capazes de sensibilizar os adultos nas questões ambientais. As autoras reforçam que um projeto pode envolver a multidisciplinaridade, como chave de reflexão, com o desenvolvimento de uma proposta pedagógica inovadora, dando significado ao processo de aprendizado. No capítulo 4, “O uso do WhatsApp no processo de ensino e aprendizagem de história na Educação Básica: em destaque suas potencialidades e o papel do professor”, os autores demonstram que o uso da tecnologia é inevitável, uma vez que, com esses recursos são criados ciberespaços, ou seja, novos espaços para o aprendizado. Falam especificamente do WhatsApp, um aplicativo que também é utilizado para enviar mensagens, fotos, textos, que foi utilizado na experiência dos autores para o aprendizado do componente curricular de História, a partir de um estudo bibliográfico, refletindo sobre um ponto chave que são as potencialidades do WhatsApp e o papel do docente nesse ambiente. Sugerem uma educação híbrida devido às novas tecnologias apresentadas, enfatizando que o professor não é mais o centro das informações e do conhecimento. No capítulo 5, “O pensamento lógico computacional plugado e não plugado na educação matemática”, as autoras apresentam um recorte de uma pesquisa de mestrado e enfatizam o pensamento lógico computacional como um processo de aprendizagem da matemática na Educação Básica. A pesquisa que resultou este capítulo utilizou uma metodologia de caráter qualitativo e como instrumentos para coleta de dados foram utilizados: a observação, o questionário, grupos focais e entrevistas semiestruturadas junto a estudantes de 13 e 14 anos. As autoras do capítulo descrevem a importância de saber uma linguagem de programação, como um processo que organiza o pensamento de forma lógica, desenvolvendo um processo mental e conceitual de pensamento. Elas destacam o aplicativo Scratch como uma linguagem de programação visual, que envolve vários conceitos que potencializam o processo de ensino e aprendizagem, especialmente, a perspectiva do “aprender com prática”. No capítulo 6, “Gamificação e o game aliados ao processo avaliativo: uma experiência nos anos finais do ensino fundamental com língua portuguesa”, as autoras abordam o uso do game como ferramenta para ensinar o conteúdo do componente curricular de Língua Portuguesa. Este capítulo relata que a escola contemporânea tem necessidade de inovar suas práticas pedagógicas, por meio da “gamificação”, como uma excelente ferramenta didática. As autoras dialogam com Almeida (2003), seguindo o conceito que o desenvolvimento de um jogo propicia aos educandos exercitarem a responsabilidade, a reflexão, a solução e a avaliação. No capítulo 7, “Inclusão digital: protagonismo discente em ação”, as autoras apresentam suas experiências com um projeto, a partir do qual inseriram os discentes como protagonistas, ou seja, como sujeitos ativos na transformação da realidade. O projeto que se constituiu como uma oportunidade de inclusão digital foi uma parceria entre os alunos do 1º módulo do Curso Técnico de Informática em uma Escola Técnica (Etec) juntamente com os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. O projeto foi desenvolvido em oito semanas e propiciou a participação dos discentes do curso técnico como monitores quanto ao manuseio de ferramentas tecnológicas digitais básicas, pelos estudantes de 9 a 10 anos, do 3º ano do Ensino Fundamental. Cada dupla de alunos do Ensino Técnico ficou responsável por um aluno da Educação Básica. Os discentes puderam desenvolver a liderança, o protagonismo, a empatia, o raciocínio e o compartilhamento de ideias. As autoras dialogam com pensamentos de Bonilla e Pretto (2011), que explicitam que a expressão inclusão digital pode apontar para mudanças e novas aquisições de conhecimentos, competências e habilidades. No capítulo 8, “O moodlebox, a internet das coisas (IoT) e o moodle: um estudo exploratório no Curso Técnico de Desenvolvimento de Sistemas”, os autores utilizaram uma ferramenta chamada Moodlebox, um dispositivo relacionado com a Internet das Coisas (IoT), articulado à plataforma Moodle. A internet das coisas é uma tecnologia bem aceita pelos discentes, associada à modalidade de ensino e aprendizado denominada M-Learning ou Mobile Learning, que permite que alunos e docentes criem seus próprios ambientes de ensino e aprendizagem. O M-Learning está sendo cada vez mais difundido e, para utilizar essa tecnologia, é necessário o uso de smartphones, tablets ou laptops, com acesso wi-fi ou bluetooth. Tanto discentes como docentes podem criar ambientes seguros, interativos, autônomos para o processo de aprendizagem e estes, devem ser equilibrados, principalmente no que tange ao contato físico e ao virtual, com a elaboração de atividades lúdicas que façam a integração de todos os espaços e tempos. Referem-se à IoT como algo que está presente em nosso cotidiano, no desenvolvimento das cidades inteligentes, no agronegócio e na indústria 4.0. No entanto, apesar dessas tecnologias serem disseminadas em diversos setores da sociedade, ainda são pouco associadas à educação. Por fim, explicitam que o M-Learning é uma modalidade de ensino e aprendizagem que abre oportunidades para o futuro, uma vez que esses dispositivos eletrônicos estão cada vez mais presentes nos processos educacionais e na comunicação entre as pessoas. No capítulo 9, “A narrativa digital e as competências da BNCC na formação inicial de professores do curso de Pedagogia”, os autores relatam uma experiência com a construção de narrativas digitais por estudantes do curso de Pedagogia, na disciplina de Literatura Infantil. Nesse processo, esses estudantes de graduação compreenderam que, contar histórias, reinterpretar, reelaborar e modificar, faz parte do aprendizado. Os alunos criaram histórias de forma significativa, e, para isso, precisaram pesquisar, planejar, analisar e sintetizar ideias, desenvolvendo, assim, a capacidade de colaborar, exercer a criatividade, compreender a realidade e desenvolver a inteligência espacial, utilizando ferramentas tecnológicas. A partir desse capítulo é possível compreender que as narrativas digitais combinam aspectos visuais e scripts, que transmitem ao leitor, conhecimento agregado, referente aos personagens e conteúdo didático. A narrativa digital envolve: pensamento científico, crítico e criativo; comunicação; cultura digital; argumentação; autoconhecimento e autocuidado. Também a empatia e a cooperação são analisadas no processo de construção da narrativa digital, cooperando para algumas mudanças profissionais e comportamentais. No capítulo 10, “As metodologias ativas no curso de Direito: a necessidade e possibilidades de mudança no ensino e aprendizagem na área jurídica”, os autores discutem a importância das metodologias ativas no curso de Direito, demonstrando sua efetividade. Enfatizam que, as metodologias ativas de aprendizagem colocam o aluno como agente principal e responsável pela construção do seu aprendizado, unindo a prática com a teoria. Comentam sobre algumas metodologias ativas, entre elas a aula invertida, (flipped classroom), uma oposição da aula tradicional, que propõe aulas menos expositivas, mais participativas, a partir das quais o aluno pode ler o conteúdo da matéria em casa e, no encontro presencial com o docente, dedica-se às discussões. No capítulo 11, “Estudos de casos: uma proposta metodológica para a abordagem do cyberbullying em tempos de educação digital”, o autor discorre sobre a temática do cyberbullyng, uma prática que ocorre entre colegas de escola e entre alunos perante o docente e vice-versa, abordando, também, os aspectos legais, aparado pela lei nº 12.965 (BRASIL, 2014), relacionada ao cyberbullyng. O autor descreve o quanto essa prática pode vir a afetar psicologicamente uma pessoa, causando danos à sua saúde emocional como: a depressão, agressões mútuas entre colegas e até mesmo o suicídio. Destaca o quanto os jovens estão expostos às redes, o que exige um maior cuidado dos pais. O autor traz exemplos de casos reais, como: gordofobia, “ladrão vacilão” e “nudes” em redes WhatsApp. Explica o bullying como sendo uma agressão que, geralmente ocorre no contexto escolar físico, enquanto cyberbullyng ocorre no ambiente virtual, sendo muito mais divulgado por estar em um ambiente propício às redes. O autor cita o dever do Estado, no sentido de amparar as vítimas dos cyberespaços, que são propícios para dissipar fake news, big data, algoritmos, drones e inteligência artificial. No capítulo 12, “Os recursos educacionais abertos: em foco os cursos online abertos e massivos (MOOC)”, as autoras refletem sobre o uso dos recursos educacionais abertos (REA), na organização de ambientes virtuais de aprendizagem, especificamente, o Curso Online Aberto e Massivo (MOOC). Explicam que um MOOC contribui para o compartilhamento de materiais diversos, como aulas, vídeos, áudios, imagens, cursos, artigos, entre outros. Mencionam ainda que, o que regulamenta os direitos autorais do material na internet, geralmente, é o copyright, no entanto, salientam também que foram criadas as licenças Creative Commons (CC), adequadas para todo território mundial, para disponibilizar conteúdos por ferramentas como Google, Youtube, Flickr, entre outras. Os MOOCs, possibilitam que os estudantes compartilhem materiais externos, por meio de blogs e, redes sociais, que colaboram com a aprendizagem. O livro é finalizado com o capítulo 13, “Metodologias para aprendizagem ativa e uso das tecnologias digitais de informação e comunicação na educação a distância”, no qual os autores abordam as metodologias ativas para o aprendizado na educação a distância (EaD), articulando as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs). O capítulo destaca a cultura digital, em que o aprendizado pode ser construído, utilizando materiais audiovisuais, games e outros recursos. Salientam que o docente não é mais o único detentor da informação e, sim, um mediador para construção do conhecimento e, que o aluno passa a ser ativo e protagonista no seu aprendizado. Conforme se constata, toda a obra aborda como tema central as metodologias ativas, relacionadas com as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs), como um veículo para disseminar e construir o conhecimento. Percebe-se também, a inquietação dos autores com a formação adequada dos docentes para atuarem nesse cenário. A obra apresenta diversas metodologias ativas, como: aula invertida, gamificação, aprendizagem baseada em projetos, estudo de caso, entre outras. A obra argumenta com vários exemplos consistentes o quanto as metodologias ativas corroboram com o aprendizado de discentes e docentes, de forma colaborativa e ativa. Por fim, recomenda-se esta obra para os educadores e pesquisadores que desejam ampliar seus conhecimentos e vislumbrar novas experiências quanto ao uso de diferentes encaminhamentos metodológicos desde a Educação Básica até o Ensino Superior.
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