André Luiz Marques Serrano, Vanessa Rodrigues dos Santos Cardoso, Daniel Azevedo Pansani, Marcelo Driemeyer Wilbert, Nara Cristina Ferreira Mendes, Clóvis Neumann, Lucas Oliveira Gomes Ferreira, Patricia Helena dos Santos Martins
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No ano de 2000 é editada a Lei de Responsabilidade Fiscal, com o intuito de estabelecer maior governança à Administração Pública, estabelecimento de limites de despesas e de endividamento, inclusive para municípios. Nesse contexto, o presente artigo objetiva analisar a sustentabilidade da dívida pública municipal agregada no período de vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, por meio da verificação da existência de raiz unitária e cointegração das séries de dívida/PIB e superávit primário/PIB, bem como análise de comportamento do superávit em função do crescimento da economia e das taxas de juros, especificamente com dados mensais anualizados no período entre dezembro de 2002 e agosto de 2016. Os resultados indicaram a condição de sustentabilidade de 2002 a 2015, mas testes suplementares revelaram insustentabilidade a partir de março de 2015, condição que se estendeu até agosto de 2016, mesmo após o afrouxamento fiscal, cujos efeitos surgiram em fevereiro de 2016.","PeriodicalId":0,"journal":{"name":"","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Uma análise da sustentabilidade da dívida pública municipal brasileiro: verificação da existência de raiz unitária e cointegração das séries de dívida/superávit\",\"authors\":\"André Luiz Marques Serrano, Vanessa Rodrigues dos Santos Cardoso, Daniel Azevedo Pansani, Marcelo Driemeyer Wilbert, Nara Cristina Ferreira Mendes, Clóvis Neumann, Lucas Oliveira Gomes Ferreira, Patricia Helena dos Santos Martins\",\"doi\":\"10.7769/gesec.v14i11.3150\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A redução das receitas e a manutenção ou aumento das despesas, em termos reais, resultam em insustentabilidade da situação fiscal. 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Uma análise da sustentabilidade da dívida pública municipal brasileiro: verificação da existência de raiz unitária e cointegração das séries de dívida/superávit
A redução das receitas e a manutenção ou aumento das despesas, em termos reais, resultam em insustentabilidade da situação fiscal. Como consequência, surgem índices crescentes de endividamento público, observados nas esferas federal e estadual e refletidos no âmbito municipal brasileiro. Apesar das transferências intragovernamentais de receitas representarem uma forma de redução das desigualdades econômicas regionais, prevista constitucionalmente, este mecanismo tende a ampliar a dependência dos municípios em relação a estados e ao governo central. No ano de 2000 é editada a Lei de Responsabilidade Fiscal, com o intuito de estabelecer maior governança à Administração Pública, estabelecimento de limites de despesas e de endividamento, inclusive para municípios. Nesse contexto, o presente artigo objetiva analisar a sustentabilidade da dívida pública municipal agregada no período de vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, por meio da verificação da existência de raiz unitária e cointegração das séries de dívida/PIB e superávit primário/PIB, bem como análise de comportamento do superávit em função do crescimento da economia e das taxas de juros, especificamente com dados mensais anualizados no período entre dezembro de 2002 e agosto de 2016. Os resultados indicaram a condição de sustentabilidade de 2002 a 2015, mas testes suplementares revelaram insustentabilidade a partir de março de 2015, condição que se estendeu até agosto de 2016, mesmo após o afrouxamento fiscal, cujos efeitos surgiram em fevereiro de 2016.