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Entre novembro de 1918 e março de 1921, 69 bombas explodiram no Rio de Janeiro, provocando sete mortes e 50 feridos. Na maioria dos casos (30), os alvos foram padarias, mas vários outros estabelecimentos comerciais e prédios públicos também foram atingidos. A autoria dos atentados, na maior parte dos casos, não foi descoberta. Mas a polícia apontou o vínculo entre as explosões e a militância anarquista, fortemente vinculada às associações sindicais. As investigações também apontaram o protagonismo de imigrantes, principalmente portugueses que, sob a acusação de anarquismo, foram deportados. Eles seriam 37 dos 59 estrangeiros deportados por delito político entre 1919 e 1921. Pesquisas sobre tais eventos, efetuadas na documentação do Ministério da Justiça, mapearam o fenômeno, mas a leitura de jornais de época apontam novas (e eventualmente discrepantes) informações sobre o papel dos anarquistas, bem como o protagonismo dos proletários portugueses, na maior onda de atentados já testemunhada na então capital do Brasil.