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O presente artigo-experimento é uma aposta na compreensão do poder em sua performatividade. Para além das posições de um constitucionalismo clássico que aprisionam o constituinte no constituído ou das posições ditas radicais que decretam a morte do constituído em favor de um constituinte permanente, afirmamos que não existe um poder constituinte, nem um poder constituído. O que existe é o poder. E esse poder só pode ser compreendido em operação. É na relação que as coisas se mostram. E nessa relação o poder se mostra sempre como constituinte e constituído a um só tempo. É justamente nessa dupla articulação que ele se revela. A relação não é meramente de causa e consequência, mas de constituição simultânea. Não há uma anterioridade no tempo e no espaço de uma dimensão sobre a outra. O que existe é um processo de sobredeterminação sem início ou fim.