当今社会对妇女的剥削问题

Viviane Bastos Pampu
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Mesmo com a Lei Maria da Penha (2006), que imprime maior rigor na criminalização da violência doméstica, em 2013, foram contabilizadas quase cinco mil mortes de mulheres, ou seja, 13 homicídios femininos por dia. Conforme o Mapa da Violência (2015) 50,3% desses homicídios foram cometidos no seio da família. Contra a situação descrita acima, mulheres se colocam em movimento contra a opressão. No entanto, mesmo sabendo dos dados reais, uma das primeiras perguntas que costumeiramente fazemos é o porquê da luta organizada das mulheres? Afinal de contas, já temos o direito ao voto, direito à contracepção. Garantimos nos códigos civis o direito ao divórcio. A justiça do trabalho assumiu que, para trabalho igual devemos ter salário igual. Retiramos do Código Civil, mesmo que recentemente, o termo de “legítima defesa de honra”, que permitia aos homens “traídos” agredir mulheres. Temos a possibilidade de mulheres estudarem e até de frequentarem curso superior em sua maioria. Por que então organizar e debater a questão das mulheres? Porque embora tenhamos conquistado todos esses direitos, nós ainda vemos mulheres sendo assediadas, violentadas e mortas. Ainda temos profissões essencialmente femininas com salários baixíssimos. Diante disso, poderíamos concluir que a nossa luta seria somente pautar o Estado para que garanta em lei que nenhuma mulher deva ser assediada, violentada ou morta e prever punição ao agressor, como indica a Lei Maria da Penha, reivindicarmos que em uma década exista igualdade do magistério com outras profissões, como prevê o Plano Nacional de E ducação.","PeriodicalId":148972,"journal":{"name":"Revista Chão da Escola","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2016-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A Questão da Exploração da Mulher na Sociedade Atual\",\"authors\":\"Viviane Bastos Pampu\",\"doi\":\"10.55823/rce.v14i14.110\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Nos dias atuais, a opressão e a violência contra a mulher ficam cada vez mais evidentes. Há quem acredite que somente agora essa situação se agravou. 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摘要

如今,对妇女的压迫和暴力越来越明显。有些人认为,直到现在情况才变得更糟。还有谁会相信这种情况只取决于价值观分为社会阶层,社会服务和强化性别的区别和抗拒女人的男人,通过认知的男人和女人的时间到降到最低,甚至克服令人震惊的统计并提交数据。虽然有反对家庭暴力的政策,但当我们面对大男子主义的客观现实及其与家庭结构本身的关系时,意识的极限就会被感知到,大多数攻击都发生在家庭结构中。即使玛丽亚达本哈法(2006年)更加严格地将家庭暴力定为犯罪,2013年仍有近5000名妇女死亡,即每天有13名妇女被谋杀。根据暴力地图(2015),50.3%的谋杀发生在家庭内部。针对上述情况,妇女发起了反对压迫的运动。然而,即使知道了真实的数据,我们通常会问的第一个问题是,为什么女性要进行有组织的斗争?毕竟,我们已经有了投票权和避孕的权利。我们在民法典中保障离婚的权利。劳动法院认为,同工同酬是必要的。我们从《民法典》中删除了“荣誉自卫”一词,这一词允许“被背叛”的男人攻击妇女。我们大多数人都有机会学习,甚至上大学。那么,为什么要组织和讨论女性问题呢?因为尽管我们赢得了所有这些权利,我们仍然看到妇女被骚扰、强奸和杀害。我们仍然有主要是女性的低工资职业。面前,我们可以得出结论,我们的战斗只是指导,以确保在法律没有女人应该被骚扰、虐待或者死亡,预测她表明法律惩罚犯罪者,十年来玩,我们是平等的教学和其他职业,作为国家预测计划,确实。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
A Questão da Exploração da Mulher na Sociedade Atual
Nos dias atuais, a opressão e a violência contra a mulher ficam cada vez mais evidentes. Há quem acredite que somente agora essa situação se agravou. Há também quem acredite que essa situação é determinada somente pelos valores morais da sociedade dividida em classes sociais, que constitui e reforça a diferença entre os sexos e a dominação da mulher pelo homem, e que através da conscientização de mulheres e homens de nosso tempo chegaremos a minimizar e até mesmo superar os dados alarmantes apresentados nas estatísticas atuais. Apesar de existirem políticas contra a violência doméstica, o limite da conscientização é percebido quando nos deparamos com a realidade objetiva do machismo e suas relações com a própria estrutura da família, na qual ocorre a maior parte das agressões. Mesmo com a Lei Maria da Penha (2006), que imprime maior rigor na criminalização da violência doméstica, em 2013, foram contabilizadas quase cinco mil mortes de mulheres, ou seja, 13 homicídios femininos por dia. Conforme o Mapa da Violência (2015) 50,3% desses homicídios foram cometidos no seio da família. Contra a situação descrita acima, mulheres se colocam em movimento contra a opressão. No entanto, mesmo sabendo dos dados reais, uma das primeiras perguntas que costumeiramente fazemos é o porquê da luta organizada das mulheres? Afinal de contas, já temos o direito ao voto, direito à contracepção. Garantimos nos códigos civis o direito ao divórcio. A justiça do trabalho assumiu que, para trabalho igual devemos ter salário igual. Retiramos do Código Civil, mesmo que recentemente, o termo de “legítima defesa de honra”, que permitia aos homens “traídos” agredir mulheres. Temos a possibilidade de mulheres estudarem e até de frequentarem curso superior em sua maioria. Por que então organizar e debater a questão das mulheres? Porque embora tenhamos conquistado todos esses direitos, nós ainda vemos mulheres sendo assediadas, violentadas e mortas. Ainda temos profissões essencialmente femininas com salários baixíssimos. Diante disso, poderíamos concluir que a nossa luta seria somente pautar o Estado para que garanta em lei que nenhuma mulher deva ser assediada, violentada ou morta e prever punição ao agressor, como indica a Lei Maria da Penha, reivindicarmos que em uma década exista igualdade do magistério com outras profissões, como prevê o Plano Nacional de E ducação.
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