{"title":"从《奇观社会2》(1967)到《评论》(1988):“认识论的切割”?关于盖·黛博德作品的解释学假设","authors":"E. Carvalho","doi":"10.18012/arf.v9i3.61948","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No que toca à relação entre A Sociedade do Espectáculo (1967) e os Comentários sobre a Sociedade do Espectáculo (1988), ou se admite a auto‑interpretação debordiana, de acordo com a qual ambos se complementam, ou reconhecemos, pelo contrário, a presença de um “corte epistemológico”, pondo em causa, por consequência, a unidade revolucionária da obra de Guy Debord. Em conformidade com a primeira hipótese, Maquiavel acaba por prolongar Marx (sob a égide do projecto situacionista de subversão do regime espectacular vigente); com a segunda, porém, abandona-se o campo de análise da economia política, substituindo-o, aparentemente, por uma lógica policial. Porque se nos afigura mais plausível a linha interpretativa que Debord perfilha, se bem que não esteja isenta de dificuldades, vamos argumentar a seu favor.","PeriodicalId":268271,"journal":{"name":"Aufklärung: journal of philosophy","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"D’A sociedade do espetáculo 2(1967) aos Comentários (1988): um “corte epistemológico”? Uma hipótese hermenêutica sobre a Obra de Guy Debord\",\"authors\":\"E. Carvalho\",\"doi\":\"10.18012/arf.v9i3.61948\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"No que toca à relação entre A Sociedade do Espectáculo (1967) e os Comentários sobre a Sociedade do Espectáculo (1988), ou se admite a auto‑interpretação debordiana, de acordo com a qual ambos se complementam, ou reconhecemos, pelo contrário, a presença de um “corte epistemológico”, pondo em causa, por consequência, a unidade revolucionária da obra de Guy Debord. Em conformidade com a primeira hipótese, Maquiavel acaba por prolongar Marx (sob a égide do projecto situacionista de subversão do regime espectacular vigente); com a segunda, porém, abandona-se o campo de análise da economia política, substituindo-o, aparentemente, por uma lógica policial. Porque se nos afigura mais plausível a linha interpretativa que Debord perfilha, se bem que não esteja isenta de dificuldades, vamos argumentar a seu favor.\",\"PeriodicalId\":268271,\"journal\":{\"name\":\"Aufklärung: journal of philosophy\",\"volume\":\"12 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-12-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Aufklärung: journal of philosophy\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18012/arf.v9i3.61948\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Aufklärung: journal of philosophy","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18012/arf.v9i3.61948","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
D’A sociedade do espetáculo 2(1967) aos Comentários (1988): um “corte epistemológico”? Uma hipótese hermenêutica sobre a Obra de Guy Debord
No que toca à relação entre A Sociedade do Espectáculo (1967) e os Comentários sobre a Sociedade do Espectáculo (1988), ou se admite a auto‑interpretação debordiana, de acordo com a qual ambos se complementam, ou reconhecemos, pelo contrário, a presença de um “corte epistemológico”, pondo em causa, por consequência, a unidade revolucionária da obra de Guy Debord. Em conformidade com a primeira hipótese, Maquiavel acaba por prolongar Marx (sob a égide do projecto situacionista de subversão do regime espectacular vigente); com a segunda, porém, abandona-se o campo de análise da economia política, substituindo-o, aparentemente, por uma lógica policial. Porque se nos afigura mais plausível a linha interpretativa que Debord perfilha, se bem que não esteja isenta de dificuldades, vamos argumentar a seu favor.