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Partindo de uma fotografia de uma máscara elmo iorubá presente na obra Negerplastik de Carl Einstein, o artigo procura demonstrar que, ao contrário do que possa parecer à primeira vista, nenhuma fotografia é transparente e que seus pressupostos visuais estão ancorados na experiência do olhar imperial ocidental sobre o outro. Trata-se de explorar as implicações de uma postura que considera a fotografia não meramente como uma ferramenta para a divulgação das artes ditas primitivas, mas como vetor de um devir maquínico dessas artes, devorando e produzindo imagens que expressam uma sensibilidade específica e imperial com sua historicidade e seus dilemas.