Antonio Lemes Guerra Junior, Ednéia de Cássia Santos Pinho, Lolyane Cristina Guerreiro de Oliveira
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As pichações, caracterizadas como inscrições verbo-visuais em muros e paredes, de autoria frequentemente anônima, são marcas tipicamente urbanas e consideradas, por vezes, ações marginais. Porém, os enunciados que integram as pichações podem ser tomados como textos, os quais, na confluência de caracteres verbais e visuais, reverberam discursos que revelam críticas, valores e posicionamentos frente à realidade. Este trabalho, portanto, partindo dessa premissa, tem o objetivo de analisar os sentidos que emergem do discurso verbo-visual expresso em pichações com o tema “álcool gel”, situado no contexto da pandemia, capturados fotograficamente na cidade de Londrina - PR. Esses enunciados são postos em contraste com textos de natureza midiática e analisados à luz das teorias do texto/discurso, considerando-se a sua dimensão argumentativa e a sua dimensão histórico-ideológica. A partir do estabelecimento de conexões entre os “ditos”, tanto dos enunciados das pichações quanto dos enunciados midiáticos, e os “não ditos” que emergem de toda essa cadeia discursiva, as análises evidenciam que as pichações estudadas, num processo de evidente deslocamento, partem de uma posição transgressora para uma posição conscientizadora, na medida em que, em diferentes níveis, defendem a ciência que está por trás do “álcool gel” no combate à pandemia.