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O processo de leitura de quadrinhos, com vistas a apreensao cognitiva, implica acordos interpretativos diferentes daquele inerentes apenas a linguagem escrita: cada elemento da pagina de quadrinhos – signos nao linguisticos (sobretudo imageticos), signos linguisticos, requadros, letreiramento e outros – existem entrelacados e devem ser entendidos nas suas inter-relacoes espaciais e topologicas. Esta abordagem dos quadrinhos baseia-se em Groensteen (2015) e seus conceitos de artrologia, espacotopia, layout , decupagem e entrelacamento. Em relacao a fidelidade de traducao, a consulta principal e aos autores Berman (2013), Guidere (2010) e Aubert (1993). Sobre a traducao dos quadrinhos, consideram-se os apontamentos de Zanettin (2008), Rota (2008) e Yuste Frias (2010, 2011). Com base em nocoes diversas de fidelidade – apoiadas em exemplos de quadrinhos traduzidos com variados graus de fidelidade o com o texto-fonte –, busca-se discutir as instâncias de fidelidade ao texto-fonte, fidelidade ao leitor-alvo e fidelidade ao(s) autor(es) do texto-fonte nas seguintes modalidades: fidelidade de signo linguistico, fidelidade de signo imagetico, fidelidade da espacotopia, fidelidade tipografica e fidelidade do formato grafico. 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A fidelidade na tradução de histórias em quadrinhos
O conceito de fidelidade na traducao – ha muito discutido e frequentemente repudiado – e bastante aplicado a textos literarios, mas tambem tem varias aplicacoes no que concerne a traducao de historias em quadrinhos. Na traducao literaria, elementos nao linguisticos, como ilustracoes, costumam ser tratados como adendos ou “paratextos” em relacao ao texto linguistico e principal. Os quadrinhos, por sua vez, possuem certas caracteristicas que os distinguem como formato que exige outro conceito de “texto” e, assim, de fidelidade na traducao. O processo de leitura de quadrinhos, com vistas a apreensao cognitiva, implica acordos interpretativos diferentes daquele inerentes apenas a linguagem escrita: cada elemento da pagina de quadrinhos – signos nao linguisticos (sobretudo imageticos), signos linguisticos, requadros, letreiramento e outros – existem entrelacados e devem ser entendidos nas suas inter-relacoes espaciais e topologicas. Esta abordagem dos quadrinhos baseia-se em Groensteen (2015) e seus conceitos de artrologia, espacotopia, layout , decupagem e entrelacamento. Em relacao a fidelidade de traducao, a consulta principal e aos autores Berman (2013), Guidere (2010) e Aubert (1993). Sobre a traducao dos quadrinhos, consideram-se os apontamentos de Zanettin (2008), Rota (2008) e Yuste Frias (2010, 2011). Com base em nocoes diversas de fidelidade – apoiadas em exemplos de quadrinhos traduzidos com variados graus de fidelidade o com o texto-fonte –, busca-se discutir as instâncias de fidelidade ao texto-fonte, fidelidade ao leitor-alvo e fidelidade ao(s) autor(es) do texto-fonte nas seguintes modalidades: fidelidade de signo linguistico, fidelidade de signo imagetico, fidelidade da espacotopia, fidelidade tipografica e fidelidade do formato grafico. Palavras-chave: historias em quadrinhos, traducao, fidelidade.