L. A. Souza, Isabel Aparecida Porcatti de Walsh, D. Bertoncello
{"title":"身体活动水平与肌肉骨骼症状的存在和护理专业人员的工作能力的关联","authors":"L. A. Souza, Isabel Aparecida Porcatti de Walsh, D. Bertoncello","doi":"10.18310/2358-8306.V4N8.P56","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Na última década, a saúde do trabalhador tem ganhado maior destaque, com aumento de estudos a cerca dessa temática, principalmente no que concerne sobre a relação do adoecimento com a atividade laboral. A globalização e o crescimento econômico culminaram em mudanças nas condições de trabalho, aumentando a carga horária, acumulando funções e maiores cobranças por produtividade, considerados desgastantes e aceleradores do processo de adoecimento do trabalhador. No Brasil, a enfermagem perfaz um número expressivo de profissionais, totalizando 1.922.316. Considerada uma profissão estressante e desgastante, pode levar ao adoecimento do profissional, devido sua rotina de atividades, justificando então estudos sobre tal categoria profissional. O objetivo do estudo foi descrever o perfil sociodemografico dos profissionais de enfermagem de um hospital público e a presença de sintomas osteomusculares, além de avaliar a associação entre o nível de atividade física, os sintomas osteomusculares e a capacidade para o trabalho desses profissionais. A pesquisa foi realizada com 37 profissionais de enfermagem, atuantes nas clínicas médica e cirúrgica de um hospital público, de ambos os sexos, com idade média de 31,9±7,9 anos, trabalhando em período matutino (56,7%), mulheres (73%), em união estável (51,3%), brancos (54%), católicos (35,1%) e com escolaridade a nível técnico (56,7%). Os profissionais foram avaliados através do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Em relação aos sintomas osteomusculares 97,3% e 67,5% dos profissionais apresentaram-nos, no período dos últimos 12 meses e dos últimos sete dias, respectivamente. As regiões de maior acometimento foram à parte inferior das costas e a parte superior das costas. A capacidade para o trabalho encontrada demonstra bons índices, com escore total médio de 39±5,7 pontos. O nível de atividade física encontrado foi correspondente à média de 1.295,2±1.382,4 minutos semanais, classificados, assim, como ativos. Não foram encontradas correlações entre o nível de atividade física e a capacidade para o trabalho (r=0,03 e p=0,08) e a intensidade dos sintomas osteomusculares (r=0,1 e p=0,39). A prevalência dos sintomas osteomusculares em trabalhadores da categoria profissional de enfermagem de um hospital público é alta, porém os mesmos apresentam boa capacidade para o trabalho e, em relação ao nível de atividade física, são considerados ativos. Destaca-se a necessidade de políticas públicas de saúde para prevenção e promoção de saúde desses profissionais, buscando sua maior valorização e, dessa forma, garantir uma melhoria do atendimento prestado ao usuário, visto o bem estar do profissional, sua atividade laboral será exercida de maneira mais adequada.","PeriodicalId":113501,"journal":{"name":"CADERNOS DE EDUCAÇÃO, SAÚDE E FISIOTERAPIA","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-06-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ASSOCIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA COM A PRESENÇA DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES E COM A CAPACIDADE PARA O TRABALHO EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM\",\"authors\":\"L. A. Souza, Isabel Aparecida Porcatti de Walsh, D. 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ASSOCIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA COM A PRESENÇA DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES E COM A CAPACIDADE PARA O TRABALHO EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Na última década, a saúde do trabalhador tem ganhado maior destaque, com aumento de estudos a cerca dessa temática, principalmente no que concerne sobre a relação do adoecimento com a atividade laboral. A globalização e o crescimento econômico culminaram em mudanças nas condições de trabalho, aumentando a carga horária, acumulando funções e maiores cobranças por produtividade, considerados desgastantes e aceleradores do processo de adoecimento do trabalhador. No Brasil, a enfermagem perfaz um número expressivo de profissionais, totalizando 1.922.316. Considerada uma profissão estressante e desgastante, pode levar ao adoecimento do profissional, devido sua rotina de atividades, justificando então estudos sobre tal categoria profissional. O objetivo do estudo foi descrever o perfil sociodemografico dos profissionais de enfermagem de um hospital público e a presença de sintomas osteomusculares, além de avaliar a associação entre o nível de atividade física, os sintomas osteomusculares e a capacidade para o trabalho desses profissionais. A pesquisa foi realizada com 37 profissionais de enfermagem, atuantes nas clínicas médica e cirúrgica de um hospital público, de ambos os sexos, com idade média de 31,9±7,9 anos, trabalhando em período matutino (56,7%), mulheres (73%), em união estável (51,3%), brancos (54%), católicos (35,1%) e com escolaridade a nível técnico (56,7%). Os profissionais foram avaliados através do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Em relação aos sintomas osteomusculares 97,3% e 67,5% dos profissionais apresentaram-nos, no período dos últimos 12 meses e dos últimos sete dias, respectivamente. As regiões de maior acometimento foram à parte inferior das costas e a parte superior das costas. A capacidade para o trabalho encontrada demonstra bons índices, com escore total médio de 39±5,7 pontos. O nível de atividade física encontrado foi correspondente à média de 1.295,2±1.382,4 minutos semanais, classificados, assim, como ativos. Não foram encontradas correlações entre o nível de atividade física e a capacidade para o trabalho (r=0,03 e p=0,08) e a intensidade dos sintomas osteomusculares (r=0,1 e p=0,39). A prevalência dos sintomas osteomusculares em trabalhadores da categoria profissional de enfermagem de um hospital público é alta, porém os mesmos apresentam boa capacidade para o trabalho e, em relação ao nível de atividade física, são considerados ativos. Destaca-se a necessidade de políticas públicas de saúde para prevenção e promoção de saúde desses profissionais, buscando sua maior valorização e, dessa forma, garantir uma melhoria do atendimento prestado ao usuário, visto o bem estar do profissional, sua atividade laboral será exercida de maneira mais adequada.