{"title":"“走到世界上,告诉事实”:在亚马逊城市satere - mawe集体中“行走”和相遇的笔记","authors":"José Agnello Andrade","doi":"10.48006/978-65-87289-16-8-1","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste capítulo expõem-se reflexões a partir da interlocução com indígenas Sateré-Mawé habituados a levar a vida entre constantes deslocamentos pelas aldeias e cidades na região amazônica, a partir de suas narrativas relacionadas às trajetórias de distintos coletivos de parentes sateré-mawé, tomadas como parte do conjunto de experiências acionadas para a construção sua experiência vivida, de forma a explicitar os múltiplos sentidos inscritos em suas práticas de mobilidade. Demonstra-se que a mobilidade ocupa um lugar central na história destes coletivos familiares de indígenas sateré-mawé, para os quais sua ‘vida’, assim como a vitalidade dos/nos seus lugares de habitação, está atrelada a um modo de estar-no-mundo que encontra no ‘gosto por andar’, relacionado à conformação de circuitos entre cidades e aldeias e suas concepções nativas sobre territorialidade, temporalidade e conhecimento. Este capítulo esmiúça particularmente um modo de conhecimento (e reconhecimento) implicado nos atos coletivos e continuados de ‘andar’, ‘parar’, ‘voltar’ e ‘contar’, subsumidos sob a expressão nativa ‘andar junto’, que indicia um ideal de relações de confiança, cuidado, acolhimento e aprendizagem que remetem aos movimentos coordenados caros à produção de vida em seus locais de parada entre seus parentes espalhados por diferentes cidades e aldeias.","PeriodicalId":150511,"journal":{"name":"Antropologia das mobilidades","volume":"52 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"“Sair no mundo, contar os fatos”: notas sobre ‘andar’ e conhecer entre coletivos sateré-mawé em cidades amazônicas\",\"authors\":\"José Agnello Andrade\",\"doi\":\"10.48006/978-65-87289-16-8-1\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste capítulo expõem-se reflexões a partir da interlocução com indígenas Sateré-Mawé habituados a levar a vida entre constantes deslocamentos pelas aldeias e cidades na região amazônica, a partir de suas narrativas relacionadas às trajetórias de distintos coletivos de parentes sateré-mawé, tomadas como parte do conjunto de experiências acionadas para a construção sua experiência vivida, de forma a explicitar os múltiplos sentidos inscritos em suas práticas de mobilidade. Demonstra-se que a mobilidade ocupa um lugar central na história destes coletivos familiares de indígenas sateré-mawé, para os quais sua ‘vida’, assim como a vitalidade dos/nos seus lugares de habitação, está atrelada a um modo de estar-no-mundo que encontra no ‘gosto por andar’, relacionado à conformação de circuitos entre cidades e aldeias e suas concepções nativas sobre territorialidade, temporalidade e conhecimento. Este capítulo esmiúça particularmente um modo de conhecimento (e reconhecimento) implicado nos atos coletivos e continuados de ‘andar’, ‘parar’, ‘voltar’ e ‘contar’, subsumidos sob a expressão nativa ‘andar junto’, que indicia um ideal de relações de confiança, cuidado, acolhimento e aprendizagem que remetem aos movimentos coordenados caros à produção de vida em seus locais de parada entre seus parentes espalhados por diferentes cidades e aldeias.\",\"PeriodicalId\":150511,\"journal\":{\"name\":\"Antropologia das mobilidades\",\"volume\":\"52 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"1900-01-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Antropologia das mobilidades\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.48006/978-65-87289-16-8-1\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Antropologia das mobilidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48006/978-65-87289-16-8-1","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
“Sair no mundo, contar os fatos”: notas sobre ‘andar’ e conhecer entre coletivos sateré-mawé em cidades amazônicas
Neste capítulo expõem-se reflexões a partir da interlocução com indígenas Sateré-Mawé habituados a levar a vida entre constantes deslocamentos pelas aldeias e cidades na região amazônica, a partir de suas narrativas relacionadas às trajetórias de distintos coletivos de parentes sateré-mawé, tomadas como parte do conjunto de experiências acionadas para a construção sua experiência vivida, de forma a explicitar os múltiplos sentidos inscritos em suas práticas de mobilidade. Demonstra-se que a mobilidade ocupa um lugar central na história destes coletivos familiares de indígenas sateré-mawé, para os quais sua ‘vida’, assim como a vitalidade dos/nos seus lugares de habitação, está atrelada a um modo de estar-no-mundo que encontra no ‘gosto por andar’, relacionado à conformação de circuitos entre cidades e aldeias e suas concepções nativas sobre territorialidade, temporalidade e conhecimento. Este capítulo esmiúça particularmente um modo de conhecimento (e reconhecimento) implicado nos atos coletivos e continuados de ‘andar’, ‘parar’, ‘voltar’ e ‘contar’, subsumidos sob a expressão nativa ‘andar junto’, que indicia um ideal de relações de confiança, cuidado, acolhimento e aprendizagem que remetem aos movimentos coordenados caros à produção de vida em seus locais de parada entre seus parentes espalhados por diferentes cidades e aldeias.