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Neoliberalismo e crise: o avanço silencioso do capitalismo de vigilância na educação brasileira durante a pandemia da Covid-19
Atualmente, podemos observar o crescimento de acordos envolvendo instituições públicas de ensino e empresas cuja valorização advem da coleta e tratamento de dados de seus usuários para a utilização de diversos tipos de aplicativos educacionais. Esse crescimento acelerou durante a pandemia de COVID-19, quando a emergência do distanciamento social fez crescer a demanda por ensino remoto em tais instituições. Contudo, como pesquisadores, observamos que a adesão de tais acordos é realizada sem um debate público sobre seus riscos e consequências para a educação pública brasileira, principalmente as que envolvem a segurança de dados e a privatização de parte do gerenciamento de tecnologias de informação das instituições. Esse artigo tem como objetivo documentar e problematizar a adoção de tecnologias educacionais de empresas globais de tecnologias cujo modelo de negócio é pautado na coleta e tratamento de dados dos usuários, particularmente durante a pandemia da COVID-19 no Brasil. Veremos, por meio da análise dos dados disponíveis sobre sua atuação, que o avanço desse mercado sobre a educação pública do país, acelerado durante a crise de saúde, é sustentado pelo planejamento e execução de um projeto de ampliação do envolvimento de empresas privadas e de diminuição do investimento público no setor.