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O presente texto tem por objetivo pensar o lugar das substâncias e de remédios nos processos de elaboração de Estado, tendo por ponto de partida o debate contemporâneo acerca da proposição da Cloroquina enquanto possibilidade de enfrentamento da pandemia de Sars-Cov-2. Pergunto-me, aqui, sobre o lugar do cotidiano e da vida ordinária em processos e acontecimentos extraordinários, bem como nos modos pelos quais o cotidiano se tornou uma arena de disputa. Assim, proponho que pensemos o efeito-cloroquina não apenas em seus termos biomédicos, mas nos regimes de verdade em que se insere e disputa, as dimensões morais, econômicas e jurídicas que põe em movimento. Assim, termino defendendo que Cloroquina faz Estado.