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Conectando o trabalho de software corporativo nos Estados Unidos e na Alemanha, este artigo analisa a racialização de engenheiros de software indianos majoritariamente masculinos por meio do trabalho temporário. Ao fazê-lo, mostro as conexões entre a violência anti-imigrante de hoje e o uso contínuo da raça para sedimentar as divisões do trabalho na indústria como um todo. Para explicar a racialização na indústria tecnológica, desenvolvo um conceito de raça como algoritmo enquanto um dispositivo para demonstrar e explicar como a raça se torna produtiva dentro das economias digitais, a fim de mostrar a flexibilidade da raça enquanto algo que funciona para criar ordens de classificação sensíveis ao contexto. Usando evidências coletadas através da observação em escritórios de tecnologia e por meio de entrevistas com programadores ao longo de cinco anos, percebi que a raça é uma variável essencial, mas continuamente repudiada dentro da construção de economias tecnológicas globais. A investigação se volta para racializações históricas do trabalho temporário e informal nas economias de plantation para iluminar como a informalidade marca trabalhadores cujos direitos podem ser silenciados e permite que as corporações neguem sua culpa em promover a discriminação dentro e fora da indústria da tecnologia, dentro de um campo político que divide “bons” e “maus” migrantes. A partir de evidências etnográficas que os trabalhadores de tecnologia indianos identificam em seus ambientes, este trabalho lê esses sinais como um antídoto para essas negações contínuas.
Palavras-chave: raça; algoritmo; trabalho.