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Patrimônios culturais como fundamento de práticas turísticas em comunidades extrativistas – Mosqueiro, Pará
Consideramos o patrimônio cultural como uma invenção do mundo moderno pautada na indústria cultural e na sociedade de consumo, legitimada com a reprodução capitalista do espaço da cidade através da urbano-industrialização. Esta mesma dinâmica expande-se em direção a áreas não citadinas que são subjugadas, subsumidas e subalternatizadas pela lógica do urbano e construídas pelo marketing como locais de lazer, descanso, volta à natureza in natura, de raras belezas e como fuga do urbano. Buscando problematizar tal relação, selecionamos como lócus de estudo a comunidade extrativista Tucumandeua em Mosqueiro-PA. A pesquisa tem cunho dialético, o que nos permite compreender a dinâmica de turistificação de patrimônios culturais por processos socioespaciais contraditórios que envolvem o mundial e o local. O trabalho tem viés qualitativo, intercalando pesquisa bibliográfica e trabalho de campo. Os resultados demonstraram que os patrimônios culturais subalternos construídos cotidianamente por meio de práticas socioespaciais e locais de “populações tradicionais” devem referenciar práticas turísticas em ambientes amazônicos, pois invertem os padrões turísticos e patrimoniais dominantes e destoam de modelos universais abstratamente edificados.Palavras-chave: Urbano. Mundo Moderno. Patrimônio Cultural. Produção do Espaço.