Rafael Salim Balassiano, Wilson Eduardo Ikeda, Michele Nascimento Jucá
{"title":"ESG实践对巴西公司资本成本的影响","authors":"Rafael Salim Balassiano, Wilson Eduardo Ikeda, Michele Nascimento Jucá","doi":"10.18696/reunir.v13i2.1538","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O reconhecimento da necessidade de ações para fazer frente aos impactos das mudanças climáticas, de diversidade e regras de compliance leva a um aumento dos investimentos pelas empresas que adotam práticas de sustentabilidade que vêm se tornando relevantes para as decisões de investidores. No Brasil, a percepção sobre o valor da adoção das práticas de ESG é mais recente e vem crescendo, havendo o reconhecimento de que o desenvolvimento econômico deve ocorrer com avanço sustentável no país. Este estudo verifica se a adoção de práticas de sustentabilidade acarreta numa redução do custo de capital de 96 empresas – não financeiras – brasileiras, de capital aberto, e com informações de pontuação ESG de, ao menos, 3 anos no período de 2016 a 2020 utilizando regressões múltiplas lineares por pooled ou painel. Verifica-se a existência de uma relação negativa entre o componente ambiental e o custo do capital de terceiros que confirma uma preocupação crescente dos países sobre as questões ambientais. Porém com a não ratificação da hipótese de redução de custo de capital próprio, indica-se que os credores possuem maior sensibilidade às práticas ambientais das empresas que seus acionistas. Dessa forma, diferentemente dos países desenvolvidos, empresas e investidores brasileiros ainda não conseguem perceber os benefícios financeiros advindos da adoção de práticas de sustentabilidade, apontando oportunidades para tais investimentos.","PeriodicalId":118854,"journal":{"name":"REUNIR Revista de Administração Contabilidade e Sustentabilidade","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Efeitos das práticas de ESG no custo de capital das empresas brasileiras\",\"authors\":\"Rafael Salim Balassiano, Wilson Eduardo Ikeda, Michele Nascimento Jucá\",\"doi\":\"10.18696/reunir.v13i2.1538\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O reconhecimento da necessidade de ações para fazer frente aos impactos das mudanças climáticas, de diversidade e regras de compliance leva a um aumento dos investimentos pelas empresas que adotam práticas de sustentabilidade que vêm se tornando relevantes para as decisões de investidores. No Brasil, a percepção sobre o valor da adoção das práticas de ESG é mais recente e vem crescendo, havendo o reconhecimento de que o desenvolvimento econômico deve ocorrer com avanço sustentável no país. Este estudo verifica se a adoção de práticas de sustentabilidade acarreta numa redução do custo de capital de 96 empresas – não financeiras – brasileiras, de capital aberto, e com informações de pontuação ESG de, ao menos, 3 anos no período de 2016 a 2020 utilizando regressões múltiplas lineares por pooled ou painel. Verifica-se a existência de uma relação negativa entre o componente ambiental e o custo do capital de terceiros que confirma uma preocupação crescente dos países sobre as questões ambientais. Porém com a não ratificação da hipótese de redução de custo de capital próprio, indica-se que os credores possuem maior sensibilidade às práticas ambientais das empresas que seus acionistas. Dessa forma, diferentemente dos países desenvolvidos, empresas e investidores brasileiros ainda não conseguem perceber os benefícios financeiros advindos da adoção de práticas de sustentabilidade, apontando oportunidades para tais investimentos.\",\"PeriodicalId\":118854,\"journal\":{\"name\":\"REUNIR Revista de Administração Contabilidade e Sustentabilidade\",\"volume\":\"49 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-06-02\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"REUNIR Revista de Administração Contabilidade e Sustentabilidade\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18696/reunir.v13i2.1538\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REUNIR Revista de Administração Contabilidade e Sustentabilidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18696/reunir.v13i2.1538","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Efeitos das práticas de ESG no custo de capital das empresas brasileiras
O reconhecimento da necessidade de ações para fazer frente aos impactos das mudanças climáticas, de diversidade e regras de compliance leva a um aumento dos investimentos pelas empresas que adotam práticas de sustentabilidade que vêm se tornando relevantes para as decisões de investidores. No Brasil, a percepção sobre o valor da adoção das práticas de ESG é mais recente e vem crescendo, havendo o reconhecimento de que o desenvolvimento econômico deve ocorrer com avanço sustentável no país. Este estudo verifica se a adoção de práticas de sustentabilidade acarreta numa redução do custo de capital de 96 empresas – não financeiras – brasileiras, de capital aberto, e com informações de pontuação ESG de, ao menos, 3 anos no período de 2016 a 2020 utilizando regressões múltiplas lineares por pooled ou painel. Verifica-se a existência de uma relação negativa entre o componente ambiental e o custo do capital de terceiros que confirma uma preocupação crescente dos países sobre as questões ambientais. Porém com a não ratificação da hipótese de redução de custo de capital próprio, indica-se que os credores possuem maior sensibilidade às práticas ambientais das empresas que seus acionistas. Dessa forma, diferentemente dos países desenvolvidos, empresas e investidores brasileiros ainda não conseguem perceber os benefícios financeiros advindos da adoção de práticas de sustentabilidade, apontando oportunidades para tais investimentos.