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LÍNGUA OU DIALETO? CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTATUTO DA LÍNGUA DE IMIGRAÇÃO ALEMÃ NA CIÊNCIA BRASILEIRA
Estudos que evidenciam a heterogeneidade linguística brasileira, quando inseridos em contextos de línguas de imigração, têm se confrontado com conceitos de língua, dialeto e/ou nação. A presente investigação objetiva discutir os conceitos de língua e dialeto em contexto de pesquisas de mestrado e doutorado desenvolvidas no Brasil acerca da língua brasileira de imigração alemã. Para tanto, realizou-se uma busca no catálogo de teses e dissertações da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e da BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações), compreendendo os últimos 5 anos de estudos sobre o bilinguismo, língua brasileira de imigração, língua alemã e portuguesa, e educação bilíngue. A partir do panorama científico brasileiro, buscou-se estabelecer uma relação com as questões do que precisa ter uma língua para receber estatuto de língua, o que implica considerar o emprego dos conceitos de língua e dialeto como uma política linguística na esfera acadêmica para a “desinvenção” (MAKONI; PENNYCOOK, 2015) das línguas. A diferença entre “língua” e “dialeto”, como apresentam majoritariamente as dissertações e tese elencadas, têm uma dimensão eminentemente social, e não necessariamente linguística. Por isso, em meio ao debate político sobre o multilinguismo brasileiro, identificamos estudos no campo da dialetodologia, sociolinguística e linguística aplicada que desvelam a preferência por designar língua cada vernáculo alemão falado em contextos de descendentes de imigrantes alemães no Brasil.