被监禁妇女:自我健康评估与歧视性经历之间的关系

Lidiane Castro Duarte de Aquino, Cosme Rezende Laurindo, M. Silva, I. Leite, Danielle Teles da Cruz
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Foi realizada também a análise de componentes principais, utilizando o autovalor (Kaiser criterion) e o método de fatoração do eixo principal, rotação ortogonal (varimax). Foram encontrados resultados significativos (p<0,05) na análise de correlação entre pior autoavaliação do estado de saúde e experiências discriminatórias relacionadas a condição social e aparência física por parte de outras detentas. O total de explicação da variabilidade entre CP1 e CP3 para tratamento discriminatório por parte de funcionários foi 74,7%; por parte de outras detentas entre CP1 e CP2 foi 67,5%. Considerando a robustez da autoavaliação como indicador de saúde e qualidade de vida, podemos inferir que a vivência de experiências discriminatórias tem impacto negativo sobre o estado de saúde das mulheres privadas de liberdade. 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摘要

目的是验证自我评估的健康状况与监狱单位囚犯所接受的歧视性待遇之间的相关性。这是一项横断面研究。2019年9月至2020年2月,在Juiz de Fora-MG市的一个监狱单位对99名被拘留的妇女进行了调查。数据收集采用面对面访谈的方式,采用半结构化问卷。采用社会科学统计软件包(SPSS) 15.0版对数据进行处理,并进行描述性分析和Spearman相关系数计算。采用特征值(Kaiser准则)和主轴分解法、正交旋转法(varimax)进行主成分分析。在健康状况自我评价较差与其他囚犯与社会地位和外貌相关的歧视性经历之间的相关性分析中发现了显著的结果(p< 0.05)。对CP1和CP3之间员工歧视性待遇差异的总解释为74.7%;在CP1和CP2之间的其他持有者的份额为67.5%。考虑到自我评估作为健康和生活质量指标的稳健性,我们可以推断,经历歧视性经历对被剥夺自由的妇女的健康状况有负面影响。这项研究的结果表明,有必要从更广泛的健康概念的角度了解这一群体的健康动态,以及迫切需要有效的公共政策,以确保全面护理。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Mulheres encarceradas: relação entre autoavaliação do estado de saúde e experiências discriminatórias
Objetivou-se verificar a correlação entre autoavaliação do estado de saúde e tratamento discriminatório recebido por detentas em uma unidade prisional. Trata-se de um estudo transversal. Foi realizado um inquérito com 99 mulheres acauteladas em uma unidade prisional na cidade de Juiz de Fora-MG de setembro/2019 a fevereiro/2020. A coleta de dados deu-se através de entrevista face a face, por meio de questionário semiestruturado. Os dados foram processados através do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 15.0 e submetidos à análise descritiva e cálculo de coeficiente de correlação de Spearman. Foi realizada também a análise de componentes principais, utilizando o autovalor (Kaiser criterion) e o método de fatoração do eixo principal, rotação ortogonal (varimax). Foram encontrados resultados significativos (p<0,05) na análise de correlação entre pior autoavaliação do estado de saúde e experiências discriminatórias relacionadas a condição social e aparência física por parte de outras detentas. O total de explicação da variabilidade entre CP1 e CP3 para tratamento discriminatório por parte de funcionários foi 74,7%; por parte de outras detentas entre CP1 e CP2 foi 67,5%. Considerando a robustez da autoavaliação como indicador de saúde e qualidade de vida, podemos inferir que a vivência de experiências discriminatórias tem impacto negativo sobre o estado de saúde das mulheres privadas de liberdade. Os achados deste estudo evidenciam a necessidade de compreensão da dinâmica de saúde deste grupo sob a ótica do conceito ampliado de saúde, bem como a urgência de políticas públicas efetivas que garantam atendimento integral.
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