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influência teórica do militante espanhol Abraham Guillén em grupos de luta armada na América Latina
O objetivo deste texto é apresentar a influência de um teórico revolucionário pouco conhecido no debate sobre a luta armada brasileira. A maioria dos textos sobre o tema debatem a influência de Che Guevara e Regis Debray. Argumentamos aqui que a concepção de guerrilha no Brasil se aproximou da teoria do revolucionário Abraham Guillén. No final dos anos 1960, ele participou de várias estratégias de luta, na Bolívia, Argentina e Uruguai. Sua tese, de que a luta deveria se dar também no meio urbano, destoava da teoria do foquismo. Descobrimos que um grupo de militantes brasileiros exilados no Chile, em um momento de refluxo da luta no Brasil, estudou a obra de Guillén e elaborou um documento base para pautar a volta ao país, o Documento dos Doze Pontos. Parte dos registros são localizados no acompanhamento que a repressão brasileira, por meio do Centro de Informação do Exército – CIEX, fez dos passos de Guillén e do fluxo de revolucionários nos países do Conesul. As referências teóricas usadas pelos movimentos revolucionários ultrapassavam as fronteiras nacionais e iam muito além dos conhecidos Che Guevara e Regis Debray.