Flávia Dufloth Chiaradia, Lara Richter, L. Tavares, D. Costa, Edneia Casagranda Bueno, Alexandre Geraldo
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A suspeita de que as infecções recorrentes poderiam ser indícios de outra patologia iniciou quando a paciente percebeu que, além de suas infecções se desenvolverem de forma grave, também não apresentava resposta imunológica aparente a elas. A paciente relatou ter vida social e pessoal prejudicada até receber o diagnóstico correto e o tratamento adequado. O tratamento inicial consistiu em corticoterapia associada ao uso contínuo de sulfametoxazol com trimetoprima, sem resolutividade, somado à administração de vacinas, para as quais houve pouca soroconversão. Devido a esta ineficiência, foi iniciado o tratamento por infusão de imunoglobulinas, o qual apresentou resultados positivos na paciente, cujo tratamento continua atualmente. Este relato de caso evidencia o impacto social causado pelas complicações clínicas anteriores ao diagnóstico, a significativa melhora na qualidade de vida da paciente após o tratamento adequado, assim como a dificuldade diagnóstica da doença e a falta de profissionais qualificados para isso.","PeriodicalId":446140,"journal":{"name":"Serviço Social e Saúde","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-10-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Imunodeficiência de imunoglobulinas IgG subclasse 3\",\"authors\":\"Flávia Dufloth Chiaradia, Lara Richter, L. Tavares, D. 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Imunodeficiência de imunoglobulinas IgG subclasse 3
As imunodeficiências primárias ou congênitas (IDPs) são um grupo de patologias com etiopatogenia muito diversa, em que há défice quantitativo e/ou qualitativo do sistema imunitário, afetando a qualidade de vida dos portadores. Este estudo tem por objetivo relatar um caso de imunodeficiência de IgG subclasse 3. Durante a infância, a paciente apresentava alergias respiratórias graves com internações frequêntes por quadros de pneumonias. Na adolescência manifestava infecções que evoluíam com rapidez para quadros mais graves, principalmente no trato respiratório e sistema urinário. Na vida adulta apresentou pneumonia bacteriana após sintomas gripais. A suspeita de que as infecções recorrentes poderiam ser indícios de outra patologia iniciou quando a paciente percebeu que, além de suas infecções se desenvolverem de forma grave, também não apresentava resposta imunológica aparente a elas. A paciente relatou ter vida social e pessoal prejudicada até receber o diagnóstico correto e o tratamento adequado. O tratamento inicial consistiu em corticoterapia associada ao uso contínuo de sulfametoxazol com trimetoprima, sem resolutividade, somado à administração de vacinas, para as quais houve pouca soroconversão. Devido a esta ineficiência, foi iniciado o tratamento por infusão de imunoglobulinas, o qual apresentou resultados positivos na paciente, cujo tratamento continua atualmente. Este relato de caso evidencia o impacto social causado pelas complicações clínicas anteriores ao diagnóstico, a significativa melhora na qualidade de vida da paciente após o tratamento adequado, assim como a dificuldade diagnóstica da doença e a falta de profissionais qualificados para isso.