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ESCRITA, é sempre você quem me resgata do limiar do iminente nada que borbulha em camadas de pensamentos perigosos e palavras, cepas resistentes à droga da vida. E no peito, que quase não respira, (sobre o qual de bom grado recebo o anel que aperta) ouvir florescer o buquê de promessas. Assim, rainha —tão descalça quanto um rei de carnaval— sob os pés os paetês de brilho fácil se extinguem ao passo que a cabeça-balão-de-parada a cada meneio exibe o sorriso do enforcado.