{"title":"胡塞尔·尼采:虚无主义的“transmutaÇÃo”","authors":"V. Fontana","doi":"10.30611/2023n30id92044","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo pretende pensar o aspecto afirmativo do pensamento de Nietzsche ao propor uma “transmutação” do niilismo. Transmutação está em destaque, pois para Nietzsche o niilismo faz parte da vontade de potência, ou seja, para superar o niilismo decadente da cultura europeia e ocidental é necessário saber direcionar o aspecto negativo, ou melhor, da crítica aos valores tradicionais, para afirmar a vida, o ‘sujeito criador’ e a finitude. Ao pensar no poder do aspecto niilista presente na transmutação da cultura, poder esse que destrói os valores da cultura ocidental e faz nascer uma possibilidade de superação do niilismo, pensa-se também em Edmund Husserl como um representante da filosofia nietzschiana ao fazer implodir a noção de cultura ocidental através da crítica às ciências sejam elas positivas, do espírito (história, psicologia e sociologia), ou a própria filosofia através da crítica à metafísica e sua dicotomia realismo versus idealismo como causa e fundamento da crise cultural. Para aproximar Nietzsche e Husserl deve-se entender que Husserl efetivou o principal chamado de Nietzsche, o chamado pela afirmação da vida, afirmação do mundo fenomênico e afirmação da ‘subjetividade’ criadora, o que propiciou novos rumos ao pensar contemporâneo. Husserl faz da fenomenologia uma filosofia pensante da aproximação com o mundo e com as coisas mesmas, num ato de liberdade e criação de um campo relacional de sentido, aproximando-se ao si criador, ao além-do-homem nietzschiano.","PeriodicalId":242846,"journal":{"name":"Revista Dialectus - Revista de Filosofia","volume":"145 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"HUSSERL E NIETZSCHE: A “TRANSMUTAÇÃO” DO NIILISMO\",\"authors\":\"V. Fontana\",\"doi\":\"10.30611/2023n30id92044\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O artigo pretende pensar o aspecto afirmativo do pensamento de Nietzsche ao propor uma “transmutação” do niilismo. Transmutação está em destaque, pois para Nietzsche o niilismo faz parte da vontade de potência, ou seja, para superar o niilismo decadente da cultura europeia e ocidental é necessário saber direcionar o aspecto negativo, ou melhor, da crítica aos valores tradicionais, para afirmar a vida, o ‘sujeito criador’ e a finitude. Ao pensar no poder do aspecto niilista presente na transmutação da cultura, poder esse que destrói os valores da cultura ocidental e faz nascer uma possibilidade de superação do niilismo, pensa-se também em Edmund Husserl como um representante da filosofia nietzschiana ao fazer implodir a noção de cultura ocidental através da crítica às ciências sejam elas positivas, do espírito (história, psicologia e sociologia), ou a própria filosofia através da crítica à metafísica e sua dicotomia realismo versus idealismo como causa e fundamento da crise cultural. Para aproximar Nietzsche e Husserl deve-se entender que Husserl efetivou o principal chamado de Nietzsche, o chamado pela afirmação da vida, afirmação do mundo fenomênico e afirmação da ‘subjetividade’ criadora, o que propiciou novos rumos ao pensar contemporâneo. Husserl faz da fenomenologia uma filosofia pensante da aproximação com o mundo e com as coisas mesmas, num ato de liberdade e criação de um campo relacional de sentido, aproximando-se ao si criador, ao além-do-homem nietzschiano.\",\"PeriodicalId\":242846,\"journal\":{\"name\":\"Revista Dialectus - Revista de Filosofia\",\"volume\":\"145 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-08-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Dialectus - Revista de Filosofia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.30611/2023n30id92044\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Dialectus - Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.30611/2023n30id92044","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O artigo pretende pensar o aspecto afirmativo do pensamento de Nietzsche ao propor uma “transmutação” do niilismo. Transmutação está em destaque, pois para Nietzsche o niilismo faz parte da vontade de potência, ou seja, para superar o niilismo decadente da cultura europeia e ocidental é necessário saber direcionar o aspecto negativo, ou melhor, da crítica aos valores tradicionais, para afirmar a vida, o ‘sujeito criador’ e a finitude. Ao pensar no poder do aspecto niilista presente na transmutação da cultura, poder esse que destrói os valores da cultura ocidental e faz nascer uma possibilidade de superação do niilismo, pensa-se também em Edmund Husserl como um representante da filosofia nietzschiana ao fazer implodir a noção de cultura ocidental através da crítica às ciências sejam elas positivas, do espírito (história, psicologia e sociologia), ou a própria filosofia através da crítica à metafísica e sua dicotomia realismo versus idealismo como causa e fundamento da crise cultural. Para aproximar Nietzsche e Husserl deve-se entender que Husserl efetivou o principal chamado de Nietzsche, o chamado pela afirmação da vida, afirmação do mundo fenomênico e afirmação da ‘subjetividade’ criadora, o que propiciou novos rumos ao pensar contemporâneo. Husserl faz da fenomenologia uma filosofia pensante da aproximação com o mundo e com as coisas mesmas, num ato de liberdade e criação de um campo relacional de sentido, aproximando-se ao si criador, ao além-do-homem nietzschiano.