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Representação vs. Representatividade: estudos feministas no Brasil na pós-graduação
O campo teórico internacional é marcado pela cisheteropatriarcalidade e, como tal, costumeiramente segrega estudos feministas, de sexualidade e de gênero como um todo. Pensando no problema que a herança ocidental deixa para a disciplina e para os estudos de Relações Internacionais no Brasil, objetivamos analisar os programas de mestrado (PPGRIs) desta área nas universidades federais e estaduais brasileiras, a fim de observar questões como representação e representatividade feminina, bem como suscitar um debate acerca das produções das discentes considerando a interseccionalidade entre gênero e nacionalidade. Para tal, a metodologia adotada foi a qualitativa, e os métodos utilizados na produção foram a revisão narrativa, com foco especial nos conceitos de interseccionalidade, representação e representatividade, bem como a análise de dados coletados essencialmente nas páginas dos programas de pós-graduação e em plataformas públicas. Como principais resultados, encontramos a discrepância entre o número de pesquisadoras internacionalistas nos PPGRIs e as pesquisas de gênero, situação na qual somente 9,83% das discentes pesquisam temas relacionados a gênero. Ainda assim, como grata surpresa, descobrimos que 49,55% do quadro discente dos programas de mestrado das IES públicas é formado por mulheres e que suas pesquisas fazem partes das mais diversas áreas, sendo a de política externa e atores internacionais a que conta com maior participação feminina.