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A INFLUÊNCIA DA CULTURA EUROPEIA DO SÉCULO XVIII NAS REFORMAS LIBERALIZANTES DO CZAR PEDRO I, O GRANDE
Após recuperar o controle sobre seu trono, Pedro I, monarca da Rússia, passou a viajar para o exterior, declarando a finalidade de compensar as lacunas da sua educação. Essa iniciativa desperta o interesse porque, até então, poucos monarcas russos haviam viajado ao exterior em tempos de paz e um número igualmente reduzido havia viajado ao exterior em tempos de guerra. Devido a seu interesse na expansão naval, o Czar escolheu a Inglaterra, a Holanda e Veneza como destinos. Em um selo, gravado antes de sua partida, a inscrição afirmava: "Eu sou um aluno e preciso ser ensinado". Este artigo tem como objetivo investigar a influência da cultura europeia do século XVIII nas reformas liberalizantes de Pedro, o Grande, o que se dará na forma de uma revisão de literatura sobre o tema. Pedro elaborou um plano para criação da Academia de São Petersburgo, o que implicou em viagens à Europa Ocidental a fim de se familiarizar com os conhecimentos, invenções e novos desenvolvimentos do Iluminismo europeu, e para entrar em contato com homens da ciência e da filosofia. Um dos propósitos do Czar foi elaborar um modelo para modernização da Rússia. Esse fato fez com que se tornasse conhecido pelas reformas políticas, militares e culturais que promoveu na Rússia, fazendo com que Pedro adquirisse a reputação de "Rei Filósofo" ou "monarca iluminado", pelas características de estar profundamente interessado nas obras de arte e no desenvolvimento de diferentes ofícios, muitos dos quais manuais.