Janaina Oliveira de Souza, Milena Maria Cordeiro de Almeida
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Acidentes de trabalho entre trabalhadoras(es) domésticas(os) sob a perspectiva de gênero, Brasil, 2016 a 2020
Trabalhadoras(es) domésticas(os) estão submetidas(os) ao risco de acidentes de trabalho (AT) devido às atividades realizadas e à vulnerabilidade social relacionada à ocupação. Assim, o objetivo deste estudo é descrever as diferenças de gênero no perfil epidemiológico dos AT entre trabalhadoras(es) domésticas(os) no Brasil. Para tanto, realizou-se um estudo de casuística descritivo utilizando notificações dos AT com trabalhadoras(es) domésticas(os) do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no período de 2016 a 2020. Dos 13.957 AT registrados para esse grupo ocupacional, foram mais frequentes aqueles com mulheres e homens não brancos, com escolaridade maior que oito anos e trabalhadores formais, embora a maioria desses casos não tenha gerado a Comunicação de Acidente de Trabalho. A maioria dos AT aconteceu com mulheres de 40 a 59 anos e homens mais jovens, de 18 a 39 anos. A ocupação de caseiro representou quase a totalidade dos registros de AT entre os homens, enquanto, entre as mulheres, as ocupações mais frequentes foram as de caseira e diarista. Diagnósticos de queda, impacto ou contato com objeto perfurocortante e acidentes de transporte foram os mais comuns. Embora a proporção de registros de AT entre ambos os sexos seja semelhante, os homens apresentam alguns indicadores de maior vulnerabilidade, e a maior formalidade em seus registros indica a invisibilidade das trabalhadoras domésticas mulheres e informais.