{"title":"在天地之间","authors":"I. Acypreste","doi":"10.53000/rr.v13i2.17040","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Nas margens do São Francisco vivem alguns coletivos quilombolas que destacam a centralidade deste rio em suas vidas, sendo considerado por eles como um organismo vivo e com agência, pois ele anda, come e deixa a terra, criando ilhas, paisagens e fazendo movimentar pessoas, bichos, plantas e saberes. Esse “sistema circulatório” das águas produz a vida da terra e dos viventes do lugar, que também são afetados pela influência do governo da lua. Neste trabalho, procuro descrever os saberes quilombolas sobre a paisagem e como ela se constitui a partir da influência das águas e dos astros.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"385 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Entre a terra e o céu\",\"authors\":\"I. Acypreste\",\"doi\":\"10.53000/rr.v13i2.17040\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Nas margens do São Francisco vivem alguns coletivos quilombolas que destacam a centralidade deste rio em suas vidas, sendo considerado por eles como um organismo vivo e com agência, pois ele anda, come e deixa a terra, criando ilhas, paisagens e fazendo movimentar pessoas, bichos, plantas e saberes. Esse “sistema circulatório” das águas produz a vida da terra e dos viventes do lugar, que também são afetados pela influência do governo da lua. Neste trabalho, procuro descrever os saberes quilombolas sobre a paisagem e como ela se constitui a partir da influência das águas e dos astros.\",\"PeriodicalId\":360724,\"journal\":{\"name\":\"RURIS (Campinas, Online)\",\"volume\":\"385 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-08-08\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"RURIS (Campinas, Online)\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.53000/rr.v13i2.17040\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"RURIS (Campinas, Online)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.53000/rr.v13i2.17040","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Nas margens do São Francisco vivem alguns coletivos quilombolas que destacam a centralidade deste rio em suas vidas, sendo considerado por eles como um organismo vivo e com agência, pois ele anda, come e deixa a terra, criando ilhas, paisagens e fazendo movimentar pessoas, bichos, plantas e saberes. Esse “sistema circulatório” das águas produz a vida da terra e dos viventes do lugar, que também são afetados pela influência do governo da lua. Neste trabalho, procuro descrever os saberes quilombolas sobre a paisagem e como ela se constitui a partir da influência das águas e dos astros.