j·m·库切的《耻辱》中的女性表现

Alyne Sousa Jardim
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摘要

摘要本文旨在分析库切的南非小说《耻辱》(1999)中女性地位的表现。jose Rubens Siqueira翻译,editora Companhia das Letras出版。这部小说的背景是南非后殖民时期的社会背景和白人霸权的丧失。特别是后种族隔离时期,其特点是激烈的种族间冲突、社会政治和对严厉的种族隔离法律和长期殖民统治的恐惧。在那个时期,自然和文化财富,甚至南非人的身体和生命都被夺走了。打个比方,女性身体的统治与殖民地球、占有地球的行为相对应。这部作品重温了历史事件,谴责针对土著人民的暴力和领土争端,在后殖民文学中没有深入的偏见。通过主人公大卫·卢里的愿景和行动,强调了这一时期发生的社会地位的变化和权力的倒置。他探索了对历史上的暴力的恐惧,感到没有选择。库切以文学的方式处理所有这些主题,以获得更大的艺术共鸣。本研究的理论分析将从布迪厄(2002)讨论的女性统治概念、Bonnici(2012)、Fanon(1968)和Bhabha(2003)讨论的后殖民研究和抵抗概念出发。这种方法促进文化和帝国主义之间的持续对话,以理解非殖民化时期的政治和文化方面,以有利于边缘化和受压迫的人,拯救他们的历史,他们的自主权,并促进学术辩论的民主开放。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
AS REPRESENTAÇÕES FEMININAS NA OBRA DESONRA DE J.M. COETZEE
Este trabalho pretende analisar a representação da condição feminina no romance sul-africano Desonra (1999) do escritor J.M. Coetzee. Traduzido por José Rubens Siqueira e publicado pela editora Companhia das Letras. O romance retrata como pano de fundo, o contexto social pós-colonial na África do Sul e a perda da hegemonia branca. Especificamente o período pós-apartheid marcado por intensos conflitos inter-raciais, sociopolíticos e o medo advindo de duras leis segregacionistas e longos anos de dominação colonial. Período em que foram ceifadas riquezas naturais, culturais, e até mesmo os corpos e vidas dos Sul Africanos. Metaforicamente, a dominação dos corpos femininos corresponde ao ato de colonizar a terra, possuí-la. A obra revisita os acontecimentos históricos, denuncia a violência contra povos nativos e as disputas por território por um viés pouco aprofundado pelas Literaturas pós-coloniais. Através da visão e ação do protagonista David Lurie enfatiza a mudança de posições sociais e inversão de poder que ocorreram nesse período. Explorou o medo sentido em relação à violência do revide histórico, sentiu-se deslocado sem alternativas. Coetzee trabalha todos estes tópicos literariamente para alcançar uma maior ressonância artística. A análise teórica do estudo partirá dos conceitos sobre dominação feminina discutidos por Bourdieu (2002), estudos pós-coloniais e resistência discutidos por Bonnici (2012), Fanon(1968) e Bhabha (2003).   Esta abordagem promove um constante diálogo entre a cultura e o imperialismo para a compreensão de aspectos políticos e culturais em momentos de descolonização com o intuito de favorecer os marginalizados e oprimidos resgatando sua história, sua autonomia, além de promover uma abertura  democrática do debate acadêmico.
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