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Feridas cutâneas por projéteis de impacto cinético
A imagem da esquerda representa visão panorâmica da região anterior das coxas de um periciado (57 anos), morto em confronto com autoridades policiais. Realizou-se uso progressivo da força, sendo utilizada, inicialmente, munição de impacto controlado (projéteis de impacto cinético - PIC), calibre 12 Precision (AM-403/P). Dois dos ferimentos produzidos pelos PIC são destacados nas imagens da direita. Os PIC Precision são constituídos por elastômero macio (polímero de borracha), pesam 19 gramas e medem 6,4 centímetros de comprimento. Tendem a produzir ferimentos superficiais e dolorosos, incapacitando temporariamente o agressor. Como em geral não penetram na pele, sua ação é predominantemente contundente, resultando em escoriações, equimoses, feridas contusas e/ou esmagamentos nos tecidos moles. Dada a deformação tanto da superfície corporal quanto do próprio PIC contra a pele durante o impacto, o diâmetro médio das lesões cutâneas (cerca de 2,5 centímetros) é superior ao diâmetro do próprio projétil (cerca de 1,8 centímetro). O formato anatômico dos PIC confere maior precisão ao tiro, devendo o disparo ser realizado, preferencialmente, a uma distância mínima de 20 metros e contra os membros inferiores, como observado neste caso, evitando-se a cabeça e tronco. O uso em geral desses projéteis previne a necessidade da utilização de munição metálica2,3. Fatalidades envolvendo este tipo de munição são raras quando utilizadas da forma correta. Apesar do potencial poder de contenção dos PIC, no presente caso foi necessário o uso sequencial de projéteis de arma de fogo, o que resultou no óbito do periciado.