{"title":"国家识字政策:我们说的是什么科学知识?","authors":"Bonnie Axer, C. Gigante, N. Afonso","doi":"10.22481/rbba.v1i02.7792","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo visa refletir sobre a compreensão de conhecimento que as políticas curriculares nacionais recentes tentam hegemonizar, especificamente a Política Nacional da Alfabetização (BRASIL, 2019). Nossa discussão dialoga com um entendimento de currículo enquanto produção ininterrupta de sentidos (LOPES; MACEDO, 2011), que envolve disputas de significações em uma negociação contingente e provisória. A política propõe uma alfabetização baseada em evidências científicas e, ao trazer “opiniões de especialistas”, apresenta um passo a passo de validação pela ciência, através de conceitos como literacia e numeracia, envolvidos na política e seus discursos. Defendemos que a alfabetização, e no geral a educação, são processos produzidos ininterruptamente na prática. Isso nos possibilita pensar que a produção do conhecimento auxilia na construção uma rede de resistências que visa combater uma perspectiva conservadora sobre a pretensão de implementação de um currículo normativo para a alfabetização. Por mais que a política pretenda controlar as significações, sempre haverá escapes, visto que o currículo está em constante e contingente produção.","PeriodicalId":183922,"journal":{"name":"Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências","volume":"191 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"POLÍTICA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO: DE QUE CONHECIMENTO CIENTÍFICO ESTAMOS FALANDO?\",\"authors\":\"Bonnie Axer, C. Gigante, N. Afonso\",\"doi\":\"10.22481/rbba.v1i02.7792\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente artigo visa refletir sobre a compreensão de conhecimento que as políticas curriculares nacionais recentes tentam hegemonizar, especificamente a Política Nacional da Alfabetização (BRASIL, 2019). Nossa discussão dialoga com um entendimento de currículo enquanto produção ininterrupta de sentidos (LOPES; MACEDO, 2011), que envolve disputas de significações em uma negociação contingente e provisória. A política propõe uma alfabetização baseada em evidências científicas e, ao trazer “opiniões de especialistas”, apresenta um passo a passo de validação pela ciência, através de conceitos como literacia e numeracia, envolvidos na política e seus discursos. Defendemos que a alfabetização, e no geral a educação, são processos produzidos ininterruptamente na prática. Isso nos possibilita pensar que a produção do conhecimento auxilia na construção uma rede de resistências que visa combater uma perspectiva conservadora sobre a pretensão de implementação de um currículo normativo para a alfabetização. Por mais que a política pretenda controlar as significações, sempre haverá escapes, visto que o currículo está em constante e contingente produção.\",\"PeriodicalId\":183922,\"journal\":{\"name\":\"Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências\",\"volume\":\"191 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-12-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22481/rbba.v1i02.7792\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22481/rbba.v1i02.7792","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
POLÍTICA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO: DE QUE CONHECIMENTO CIENTÍFICO ESTAMOS FALANDO?
O presente artigo visa refletir sobre a compreensão de conhecimento que as políticas curriculares nacionais recentes tentam hegemonizar, especificamente a Política Nacional da Alfabetização (BRASIL, 2019). Nossa discussão dialoga com um entendimento de currículo enquanto produção ininterrupta de sentidos (LOPES; MACEDO, 2011), que envolve disputas de significações em uma negociação contingente e provisória. A política propõe uma alfabetização baseada em evidências científicas e, ao trazer “opiniões de especialistas”, apresenta um passo a passo de validação pela ciência, através de conceitos como literacia e numeracia, envolvidos na política e seus discursos. Defendemos que a alfabetização, e no geral a educação, são processos produzidos ininterruptamente na prática. Isso nos possibilita pensar que a produção do conhecimento auxilia na construção uma rede de resistências que visa combater uma perspectiva conservadora sobre a pretensão de implementação de um currículo normativo para a alfabetização. Por mais que a política pretenda controlar as significações, sempre haverá escapes, visto que o currículo está em constante e contingente produção.