{"title":"巴西地理的可持续发展:墨卡托、社会与自然和拉埃加杂志的概念","authors":"Katryne Briniele de Oliveira Gonçalves","doi":"10.5380/GEOGRAFAR.V14I2.58925","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Nesta pesquisa investigaram-se os principais eixos teórico-conceituais associados ao desenvolvimento sustentável e como a geografia brasileira lhes emprega conforme seus campos (físico, humano e instrumental). Os resultados foram obtidos por intermédio do método hipotético-dedutivo atrelado à análise dos discursos em Foucault em cento e dois artigos coletados no Sistema Qualis CAPES das revistas Mercator, Sociedade & Natureza e RA’eGA. Concluiu-se que por mais criteriosas e necessárias, as classificações teóricas não são absolutas e, tão pouco, definitivas. Todavia, confirmou-se a manifestação de três eixos ligados ao desenvolvimento sustentável na produção geográfica do país: o primeiro se restringiu à dimensão ecológica do ambiente e assimilou a sustentabilidade com a preservação de elementos bióticos/abióticos das influências antrópicas - esse eixo apresentou baixa adesão (6,8%) sendo majoritariamente representado por geógrafos físicos, geógrafos físico-humanos e geógrafos físico-instrumentais; o segundo eixo, caracterizado pelo conceito hegemônico do desenvolvimento sustentável foi predominante devido à influência de órgãos supranacionais (ONU e Banco Mundial) nas diretrizes políticas dos países no mundo, pois, 62,9% dos artigos pesquisados expressaram essa fundamentação; por fim, o terceiro eixo congregou perspectivas contra hegemônicas sobre a sustentabilidade e mesmo perante grande diversidade em seu arcabouço ideológico, ele se registrou em 30,3% das produções acadêmicas investigadas - esse último concentrou uma relação maior de geógrafos humanos em relação ao segundo o qual apresentou maior proporção de geógrafos físicos. Conquanto, identificou-se nos três eixos teórico-conceituais do desenvolvimento sustentável a expressiva contribuição de pesquisadores ligados aos campos das ciências da natureza e/ou das ciências humanas situando a abrangência da geografia brasileira no tocante ao estudo e apreensão das relações dadas sobre o espaço.","PeriodicalId":114452,"journal":{"name":"REVISTA GEOGRAFAR","volume":"20 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA GEOGRAFIA BRASILEIRA: CONCEPÇÕES A PARTIR DAS REVISTAS MERCATOR, SOCIEDADE & NATUREZA E RA’EGA\",\"authors\":\"Katryne Briniele de Oliveira Gonçalves\",\"doi\":\"10.5380/GEOGRAFAR.V14I2.58925\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Nesta pesquisa investigaram-se os principais eixos teórico-conceituais associados ao desenvolvimento sustentável e como a geografia brasileira lhes emprega conforme seus campos (físico, humano e instrumental). 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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA GEOGRAFIA BRASILEIRA: CONCEPÇÕES A PARTIR DAS REVISTAS MERCATOR, SOCIEDADE & NATUREZA E RA’EGA
Nesta pesquisa investigaram-se os principais eixos teórico-conceituais associados ao desenvolvimento sustentável e como a geografia brasileira lhes emprega conforme seus campos (físico, humano e instrumental). Os resultados foram obtidos por intermédio do método hipotético-dedutivo atrelado à análise dos discursos em Foucault em cento e dois artigos coletados no Sistema Qualis CAPES das revistas Mercator, Sociedade & Natureza e RA’eGA. Concluiu-se que por mais criteriosas e necessárias, as classificações teóricas não são absolutas e, tão pouco, definitivas. Todavia, confirmou-se a manifestação de três eixos ligados ao desenvolvimento sustentável na produção geográfica do país: o primeiro se restringiu à dimensão ecológica do ambiente e assimilou a sustentabilidade com a preservação de elementos bióticos/abióticos das influências antrópicas - esse eixo apresentou baixa adesão (6,8%) sendo majoritariamente representado por geógrafos físicos, geógrafos físico-humanos e geógrafos físico-instrumentais; o segundo eixo, caracterizado pelo conceito hegemônico do desenvolvimento sustentável foi predominante devido à influência de órgãos supranacionais (ONU e Banco Mundial) nas diretrizes políticas dos países no mundo, pois, 62,9% dos artigos pesquisados expressaram essa fundamentação; por fim, o terceiro eixo congregou perspectivas contra hegemônicas sobre a sustentabilidade e mesmo perante grande diversidade em seu arcabouço ideológico, ele se registrou em 30,3% das produções acadêmicas investigadas - esse último concentrou uma relação maior de geógrafos humanos em relação ao segundo o qual apresentou maior proporção de geógrafos físicos. Conquanto, identificou-se nos três eixos teórico-conceituais do desenvolvimento sustentável a expressiva contribuição de pesquisadores ligados aos campos das ciências da natureza e/ou das ciências humanas situando a abrangência da geografia brasileira no tocante ao estudo e apreensão das relações dadas sobre o espaço.