是谁“发明”了这个跨性别孩子?科伊·马西斯案和跨性别儿童在巴西媒体上的知名度

Bianca Neves Borges da Silva, Andrea Braga Moruzzi
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摘要

这篇文章来源于一项研究生研究,该研究的目的是让人们看到一些跨性别儿童是如何被某些巴西媒体看到的,并参考了Coy Matthis的案例,该案例于2018年由Rede Globo的fantastico节目播出。提出围绕一定的可见性的问题给了那个孩子,把在一个条件disfórica身体生物binarismos数据库和专家分析的前提和条件的正常和快乐给这个孩子与调整身体的期望脚本社会性别敏感,需要在程序中进行分析。我们观察到,在这种情况下,有一个跨性别儿童“发明”在二元范式中,由成年人和专家创造为“跨性别”,他们在他们的成人中心和二元视角中看到并分类了科伊的焦虑状况。从对话的性别和性进行研究,特别是从一个奇怪的方法,指出早熟和任意的名字:早熟,因为这是一个孩子的阶段开始了他的生活和霸道,因为这个名字应该完全的孩子。建议以一种“中立”和酷儿范式来思考孩子,通过这种范式,孩子可以是“x”、“@”和“e”,而没有先前在cisgenity范围内定义他们的属性。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Quem “inventou” essa criança trans? O Caso de Coy Mathis e a visibilidade da criança trans na mídia brasileira
O artigo se deriva de uma pesquisa de pós-graduação cuja proposta foi dar visibilidade à maneira pela qual algumas crianças trans são visibilizadas por uma certa mídia brasileira tomando como referência o caso de Coy Matthis, posto ao ar pelo programa Fantástico da Rede Globo no ano de 2018. A problemática apresentada gira em torno de uma certa visibilidade dada à essa criança trans que a coloca em uma condição disfórica em relação ao seu corpo biológico, aos binarismos dados como pré-condição de análise dos especialistas e à condição de normalidade e felicidade dada à essa criança ligada aos ajustes do seu corpo aos scripts sociais esperados de seu gênero, postos como necessários no Programa analisado. Observa-se, nessa circunstância, que há uma criança trans “inventada” no interior de um paradigma ainda binário, cunhada como “trans” por adultos e especialistas que dentro de suas óticas adultocêntricas e binárias, enxergam e classificam a condição disfórica de Coy. A partir de um diálogo com os estudos de gênero e sexualidade e sobretudo a partir de uma abordagem Queer, indica-se a precocidade e a arbitrariedade de tal denominação: precocidade porque se trata de uma criança em plena fase de iniciação de sua vida e arbitrariedade porque essa denominação deveria vir exclusivamente da própria criança. Sugere-se pensar a criança dentro de um paradigma “neutro” e queer, por meio da qual a criança poderia ser “x”, “@” e “e” sem atribuições que as definem previamente no escopo da cisgeneridade.
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