Débora Belém Sampaio, João Victtor dos Santos Abreu, Bruna Monara Rocha Ferreira, Airton Gabriel Santos Grangeiro Mirô
{"title":"巴西内脏利什曼病与人类免疫缺陷病毒(HIV)合并感染:文献综述","authors":"Débora Belém Sampaio, João Victtor dos Santos Abreu, Bruna Monara Rocha Ferreira, Airton Gabriel Santos Grangeiro Mirô","doi":"10.51161/conbesp/13","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Tanto a Leishmaniose Visceral (LV) quanto a AIDS são graves problemas de saúde pública do Brasil, devido à suscetível geografia do país e à frequente assintomatologia de ambas as doenças. A coinfecção Leishmania/HIV é uma condição emergente devido à sobreposição territorial das duas patologias e vem ganhando atenção devido à sua diversidade clínica e pouca eficácia dos tratamentos convencionais. Objetivo: Compreender as características patológicas e sociais que rodeiam o cenário da coinfecção Leishmaniose Visceral/AIDS no Brasil. Material e métodos: Revisão integrativa de literatura com busca na base de dados SCIELO selecionando 4 artigos do período de 2013-2017, na língua portuguesa e usando os descritores “Leishmaniose Visceral”, “AIDS” e “coinfecção” como filtros de pesquisa. Resultados: A apresentação clínica clássica da LV inclui febre, hepatoesplenomegalia, perda de peso e pancitopenia. Onde há circulação dos dois patógenos, a presença de manifestações atípicas da LV envolve quase todos os órgãos. Estas manifestações clínicas principais são semelhantes em paciente HIV positivo ou negativo e os pacientes coinfectados apresentam uma variedade de sinais, encontrando-se parasitos em locais como: trato gastrointestinal, mucosa oral, pele, pleura, pericárdio, linfonodos e trato respiratório. Na coinfecção LV/HIV, os sinais e sintomas atípicos estão associados a uma baixa contagem de células CD4. Muitas vezes, as manifestações atípicas são confundidas com manifestações de outras infecções oportunistas, portanto o diagnóstico dessa condição constitui um desafio. Conclusão: O perfil dos pacientes coinfectados LV-HIV só difere do perfil dos pacientes com LV na forma clássica pela letalidade. A análise patológica evidenciou a interiorização do HIV e a urbanização da LV no Brasil, ocorrendo sobreposições das áreas de transmissão. É necessária a integração das vigilâncias de LV e AIDS, aprimoramento da vigilância da coinfecção LV-HIV e oferta de testes sorológicos para HIV ao grupo de pacientes com leishmanioses.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"94 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"COINFECÇÃO POR LEISHMANIOSE VISCERAL E VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) NO BRASIL: UMA REVISÃO DA LITERATURA\",\"authors\":\"Débora Belém Sampaio, João Victtor dos Santos Abreu, Bruna Monara Rocha Ferreira, Airton Gabriel Santos Grangeiro Mirô\",\"doi\":\"10.51161/conbesp/13\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: Tanto a Leishmaniose Visceral (LV) quanto a AIDS são graves problemas de saúde pública do Brasil, devido à suscetível geografia do país e à frequente assintomatologia de ambas as doenças. A coinfecção Leishmania/HIV é uma condição emergente devido à sobreposição territorial das duas patologias e vem ganhando atenção devido à sua diversidade clínica e pouca eficácia dos tratamentos convencionais. Objetivo: Compreender as características patológicas e sociais que rodeiam o cenário da coinfecção Leishmaniose Visceral/AIDS no Brasil. Material e métodos: Revisão integrativa de literatura com busca na base de dados SCIELO selecionando 4 artigos do período de 2013-2017, na língua portuguesa e usando os descritores “Leishmaniose Visceral”, “AIDS” e “coinfecção” como filtros de pesquisa. Resultados: A apresentação clínica clássica da LV inclui febre, hepatoesplenomegalia, perda de peso e pancitopenia. Onde há circulação dos dois patógenos, a presença de manifestações atípicas da LV envolve quase todos os órgãos. Estas manifestações clínicas principais são semelhantes em paciente HIV positivo ou negativo e os pacientes coinfectados apresentam uma variedade de sinais, encontrando-se parasitos em locais como: trato gastrointestinal, mucosa oral, pele, pleura, pericárdio, linfonodos e trato respiratório. Na coinfecção LV/HIV, os sinais e sintomas atípicos estão associados a uma baixa contagem de células CD4. Muitas vezes, as manifestações atípicas são confundidas com manifestações de outras infecções oportunistas, portanto o diagnóstico dessa condição constitui um desafio. Conclusão: O perfil dos pacientes coinfectados LV-HIV só difere do perfil dos pacientes com LV na forma clássica pela letalidade. A análise patológica evidenciou a interiorização do HIV e a urbanização da LV no Brasil, ocorrendo sobreposições das áreas de transmissão. É necessária a integração das vigilâncias de LV e AIDS, aprimoramento da vigilância da coinfecção LV-HIV e oferta de testes sorológicos para HIV ao grupo de pacientes com leishmanioses.\",\"PeriodicalId\":246732,\"journal\":{\"name\":\"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line\",\"volume\":\"94 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-02-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51161/conbesp/13\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbesp/13","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
COINFECÇÃO POR LEISHMANIOSE VISCERAL E VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) NO BRASIL: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Introdução: Tanto a Leishmaniose Visceral (LV) quanto a AIDS são graves problemas de saúde pública do Brasil, devido à suscetível geografia do país e à frequente assintomatologia de ambas as doenças. A coinfecção Leishmania/HIV é uma condição emergente devido à sobreposição territorial das duas patologias e vem ganhando atenção devido à sua diversidade clínica e pouca eficácia dos tratamentos convencionais. Objetivo: Compreender as características patológicas e sociais que rodeiam o cenário da coinfecção Leishmaniose Visceral/AIDS no Brasil. Material e métodos: Revisão integrativa de literatura com busca na base de dados SCIELO selecionando 4 artigos do período de 2013-2017, na língua portuguesa e usando os descritores “Leishmaniose Visceral”, “AIDS” e “coinfecção” como filtros de pesquisa. Resultados: A apresentação clínica clássica da LV inclui febre, hepatoesplenomegalia, perda de peso e pancitopenia. Onde há circulação dos dois patógenos, a presença de manifestações atípicas da LV envolve quase todos os órgãos. Estas manifestações clínicas principais são semelhantes em paciente HIV positivo ou negativo e os pacientes coinfectados apresentam uma variedade de sinais, encontrando-se parasitos em locais como: trato gastrointestinal, mucosa oral, pele, pleura, pericárdio, linfonodos e trato respiratório. Na coinfecção LV/HIV, os sinais e sintomas atípicos estão associados a uma baixa contagem de células CD4. Muitas vezes, as manifestações atípicas são confundidas com manifestações de outras infecções oportunistas, portanto o diagnóstico dessa condição constitui um desafio. Conclusão: O perfil dos pacientes coinfectados LV-HIV só difere do perfil dos pacientes com LV na forma clássica pela letalidade. A análise patológica evidenciou a interiorização do HIV e a urbanização da LV no Brasil, ocorrendo sobreposições das áreas de transmissão. É necessária a integração das vigilâncias de LV e AIDS, aprimoramento da vigilância da coinfecção LV-HIV e oferta de testes sorológicos para HIV ao grupo de pacientes com leishmanioses.