{"title":"FACES DA CRÍTICA DE ALESSANDRO BARATTA","authors":"Bruno Amaral Machado, Carolina Souza Cordeiro","doi":"10.25247/2447-861x.2021.n253.p405-431","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo propõe-se a analisar o pensamento crítico de Alessandro Baratta, criminólogo italiano de influência no campo criminológico crítico brasileiro, rastrear categorias utilizadas e dialogar com tradições que compartilhem dessa base teórica. Investiga-se o impacto dos estudos marxistas na concepção barattiana de crítica. Esse mapeamento resgata disputas filosóficas e sociológicas sobre os sentidos de ser crítico, discute com outras tradições críticas e problematiza supostos consensos. A investigação bibliográfica busca responder quais sentidos da crítica reputamos centrais na construção do pensamento barattiano a partir da perspectiva relacional entre Marx e Baratta. Explicitamos os diálogos que revelam raiz marxista, articulação do vocabulário de Marx na teoria barattiana e vinculação dos percursos de Baratta com os novos horizontes da crítica. Não há detalhamento dos autores selecionados, cuja obra excede bastante o que apresentamos. Interpretamos os autores que trazemos para o diálogo a partir de nossa inserção no campo. Acreditamos que selecionamos aspectos suficientes e necessários para o objetivo traçado. Identificamos que os sentidos da crítica barattiana inscrevem-se com forte influência do alfabeto marxista. Desde sua produção filosófica, passando pelas vertentes idealista e empírica dessa teoria criminológica até suas publicações finais, o “espectro de Marx” faz-se presente. Apesar do esforço em retomar diferentes rumos do debate, a crítica barattiana parece continuamente reelaborada sob lentes marxistas. A principal contribuição está na descrição e discussão das funcionalidades e transformações da crítica na obra de Baratta. Com isso, também avaliamos desdobramentos do debate no pensamento criminológico e na conformação das semânticas críticas na criminologia, especialmente no Brasil.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2021.n253.p405-431","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O artigo propõe-se a analisar o pensamento crítico de Alessandro Baratta, criminólogo italiano de influência no campo criminológico crítico brasileiro, rastrear categorias utilizadas e dialogar com tradições que compartilhem dessa base teórica. Investiga-se o impacto dos estudos marxistas na concepção barattiana de crítica. Esse mapeamento resgata disputas filosóficas e sociológicas sobre os sentidos de ser crítico, discute com outras tradições críticas e problematiza supostos consensos. A investigação bibliográfica busca responder quais sentidos da crítica reputamos centrais na construção do pensamento barattiano a partir da perspectiva relacional entre Marx e Baratta. Explicitamos os diálogos que revelam raiz marxista, articulação do vocabulário de Marx na teoria barattiana e vinculação dos percursos de Baratta com os novos horizontes da crítica. Não há detalhamento dos autores selecionados, cuja obra excede bastante o que apresentamos. Interpretamos os autores que trazemos para o diálogo a partir de nossa inserção no campo. Acreditamos que selecionamos aspectos suficientes e necessários para o objetivo traçado. Identificamos que os sentidos da crítica barattiana inscrevem-se com forte influência do alfabeto marxista. Desde sua produção filosófica, passando pelas vertentes idealista e empírica dessa teoria criminológica até suas publicações finais, o “espectro de Marx” faz-se presente. Apesar do esforço em retomar diferentes rumos do debate, a crítica barattiana parece continuamente reelaborada sob lentes marxistas. A principal contribuição está na descrição e discussão das funcionalidades e transformações da crítica na obra de Baratta. Com isso, também avaliamos desdobramentos do debate no pensamento criminológico e na conformação das semânticas críticas na criminologia, especialmente no Brasil.