Letícia Santos Trad, U. C. U. Ingá, Luana Hantequestt de Lima, João Pedro Wizniewsky Amaral
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Apesar de o sistema cardiovascular não ser o principal alvo do SARS-CoV-2, ele pode ser prejudicado de diversas formas, dentre elas podemos citar:alteração na regulação neuro-humoral através lesão miocárdica direta; tempestade de citocinas decorrentes da inflamação sistêmica crônica, resultando em lesão e falência cardíaca; aumento da demanda cardiovascular associada à hipóxia, podendo evoluir para lesão miocárdica aguda;desestabilização das placas coronarianas devido ao efeito pró-trombótico e inflamação sistêmica, sendo capazes de causar infarto agudo do miocárdio; uso de medicamentos que são danosos ao sistema cardiovascular; além de distúrbios hidroeletrolíticos, levando à arritmias. Este trabalho objetivou avaliar a prevalência da insuficiência cardíaca durante o período da pandemia do COVID-19 na região do Paraná, do mês de março até agosto de 2020.O referente estudo trata-se de uma pesquisa epidemiológica na qual a fonte de dados utilizada foi o registro do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados obtidos para o estudo foram: óbitos, internações no período e variáveis demográficas (sexo).Durante o período de pandemia do COVID-19, entre maio até agosto de 2020 no estado do Paraná, foram registrados 818 óbitos por insuficiência cardíaca, sendo que o total de óbitos no mesmo período e região no ano de 2019 foram de 877 casos. Agora, em relação aos meses isolados de pandemia, durante o pico dos casos (maio de 2020) observamos aumento de 1 caso de óbito em relação ao ano anterior. Além disso, observa-se que, no mesmo período analisado em 2020, o número de internações por insuficiência cardíaca foram aproximadamente 37% menores que no ano anterior. Neste estudo, o sexo masculino teve prevalência no número de mortes em ambos os períodos analisados. O estudo evidenciou que, apesar da relação entre mortalidade de COVID-19 com doenças cardíacas subjacentes, como no caso a insuficiência cardíaca, os números de óbitos totais de pacientes com essa doença crônica não aumentaram no período de pandemia em comparação com o mesmo período no ano anterior. 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Este trabalho objetivou avaliar a prevalência da insuficiência cardíaca durante o período da pandemia do COVID-19 na região do Paraná, do mês de março até agosto de 2020.O referente estudo trata-se de uma pesquisa epidemiológica na qual a fonte de dados utilizada foi o registro do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados obtidos para o estudo foram: óbitos, internações no período e variáveis demográficas (sexo).Durante o período de pandemia do COVID-19, entre maio até agosto de 2020 no estado do Paraná, foram registrados 818 óbitos por insuficiência cardíaca, sendo que o total de óbitos no mesmo período e região no ano de 2019 foram de 877 casos. Agora, em relação aos meses isolados de pandemia, durante o pico dos casos (maio de 2020) observamos aumento de 1 caso de óbito em relação ao ano anterior. 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摘要
COVID -19是一种由新型冠状病毒(SARS-CoV-2)引发的病毒性疾病。该病导致呼吸系统疾病,从轻微流感症状开始,可发展为相当致命的急性呼吸窘迫综合征。12%的病毒性疾病患者会出现急性心脏损伤,这与较差的进化结果有关,特别是在有心血管疾病病史的患者中。虽然心血管系统不是SARS-CoV-2的主要靶点,但它可能在许多方面受到损害,其中我们可以提到:通过直接心肌损伤改变神经体液调节;由慢性全身性炎症引起的细胞因子风暴,导致损伤和心脏衰竭;与缺氧相关的心血管需求增加,可发展为急性心肌损伤;前血栓作用和全身炎症导致冠状动脉斑块不稳定,可导致急性心肌梗死;使用对心血管系统有害的药物;除了电解质紊乱,导致心律失常。本研究旨在评估2020年3月至8月parana地区COVID-19大流行期间心力衰竭的患病率。参考研究是一项流行病学研究,使用的数据来源是Sistema unico de saude (DATASUS)计算机部门的记录。本研究获得的数据为:死亡率、住院时间和人口统计学变量(性别)。在2019冠状病毒病大流行期间,2020年5月至8月,parana州记录了818人死于心力衰竭,2019年同一时期和地区的死亡总数为877例。现在,关于大流行的孤立月份,在病例高峰期(2020年5月),我们观察到死亡病例比前一年增加了1例。此外,我们观察到,在2020年分析的同一时期,因心力衰竭住院的人数比前一年减少了约37%。在这项研究中,男性在两个分析时期的死亡人数中都很普遍。研究表明,尽管COVID-19的死亡率与潜在心脏病(如心力衰竭)之间存在关系,但在大流行期间,这种慢性疾病患者的总死亡人数与去年同期相比没有增加。这些数据可能反映出医生、医院和卫生领域在治疗因大流行而处于严重状态的患者方面做了更好的准备,这对慢性病患者的健康状况产生了积极的影响。
ESTUDO COMPARATIVO DA INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA -EM TEMPOS DE COVID-19 E NO MESMO PERÍODO DO ANO EM 2019
A COVID -19 é uma doença viral desencadeada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A doença leva a um quadro respiratório o qual tem início com sintomas gripais leves que podem evoluir até uma síndrome do desconforto respiratório agudo, consideravelmente fatal. 12% dos afetados pela doença viral desenvolvem uma lesão cardíaca aguda que está associada a piores resultados evolutivos, especialmente nos casos de pacientes com doenças cardiovasculares prévias. Apesar de o sistema cardiovascular não ser o principal alvo do SARS-CoV-2, ele pode ser prejudicado de diversas formas, dentre elas podemos citar:alteração na regulação neuro-humoral através lesão miocárdica direta; tempestade de citocinas decorrentes da inflamação sistêmica crônica, resultando em lesão e falência cardíaca; aumento da demanda cardiovascular associada à hipóxia, podendo evoluir para lesão miocárdica aguda;desestabilização das placas coronarianas devido ao efeito pró-trombótico e inflamação sistêmica, sendo capazes de causar infarto agudo do miocárdio; uso de medicamentos que são danosos ao sistema cardiovascular; além de distúrbios hidroeletrolíticos, levando à arritmias. Este trabalho objetivou avaliar a prevalência da insuficiência cardíaca durante o período da pandemia do COVID-19 na região do Paraná, do mês de março até agosto de 2020.O referente estudo trata-se de uma pesquisa epidemiológica na qual a fonte de dados utilizada foi o registro do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados obtidos para o estudo foram: óbitos, internações no período e variáveis demográficas (sexo).Durante o período de pandemia do COVID-19, entre maio até agosto de 2020 no estado do Paraná, foram registrados 818 óbitos por insuficiência cardíaca, sendo que o total de óbitos no mesmo período e região no ano de 2019 foram de 877 casos. Agora, em relação aos meses isolados de pandemia, durante o pico dos casos (maio de 2020) observamos aumento de 1 caso de óbito em relação ao ano anterior. Além disso, observa-se que, no mesmo período analisado em 2020, o número de internações por insuficiência cardíaca foram aproximadamente 37% menores que no ano anterior. Neste estudo, o sexo masculino teve prevalência no número de mortes em ambos os períodos analisados. O estudo evidenciou que, apesar da relação entre mortalidade de COVID-19 com doenças cardíacas subjacentes, como no caso a insuficiência cardíaca, os números de óbitos totais de pacientes com essa doença crônica não aumentaram no período de pandemia em comparação com o mesmo período no ano anterior. Esses dados podem refletir uma melhor preparação dos médicos, hospitais e áreas de saúde em atender pacientes em estado grave devido a pandemia, algo que refletiu positivamente no estado de saúde das pessoas portadoras dessa doença crônica.