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HISTÓRIA E MEMÓRIA EM QUILOMBOS DO SEMIÁRIDO PIAUIENSE: PATRIMÔNIO E IDENTIDADE CULTURAL
Resumo: O artigo discute pressupostos contemporâneos de memória, oralidade e patrimônio em quilombos no semiárido piauiense. Espaço de intensa militância social, mas ainda carente de explicação quanto a sua formação étnico-cultural, a identidade negra e a valorização do seu patrimônio histórico alicerçado em lutas e tradições negras. Discutimos e apresentamos narrativas orais, acervo patrimonial imaterial como documentos históricos que traduzem acontecimentos e os modos de vida dos antepassados quilombolas. Assim, emergem fontes, metodologias que explicitam formas ancestrais de vivências vivificadas no tempo presente por moradores de comunidades negras rurais capazes de construir identidades na luta e na concretização de direitos constitucionais. Em visitas a comunidades do Vale do rio Guaribas e Canindé coletamos as falas de sujeitos que (re)significam suas ações pela valorização de sua cultura ancestral. Como resultado dessas narrativas temos uma infinita produção de saberes ligados a cura, as danças de roda e de promessas, reisados e modos de cuidar da terra e do espaço ambiental ocupado que são peculiares ao sertão. Portanto, temos nos quilombolas do semiárido piauiense um símbolo do passado de luta, mas também uma referência de representantes da cultura regional e precisam apoiar-se na dinâmica do tempo presente. Ainda de lutas (in)glórias que fazem ressurgir histórias do tempo da escravidão.