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Governo, vigilância e transexualidades: limites (est)éticos e a (im)possibilidade de reconhecimento subjetivo-identitário
Esse artigo tem como objetivo discutir as politicas de Reconhecimento (HONNETH, 2009) a partir de ideia de inimizade (MBEMBE, 2017). Tomo como ferramenta analitica os conceitos de governo, vigilância e transexualidade para lancar luzes sobre os modos de producao de diferenca e alteridade que sao agenciados no interior das politicas paradoxais de reconhecimento. Deste modo, defendo que as politicas reconhecimento operam a partir de racionalidade que, ao negar o Outro, efetiva sua existencia, mesmo que seja como estrategia de odio e ou anulacao. O Outro, reconhecido pelo odio, e o inimigo aquele cujas politicas de matabilidade visa eliminar, neste caso haveria uma ruptura no processo na inteligibilidade do processo de reconhecimento, tal como proposto por Honneth (2009), “situando” os corpo-subjetividades trans no campo das inimizades, paradoxalmente produz uma politica de reconhecimento dessas experiencias como aquilo que foge a categoria universal inventando, assim, a propria diferenca.