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Para aceder às perceções das crianças, realizou-se um estudo de natureza qualitativa, utilizando a entrevista semiestruturada e o desenho livre como instrumentos de recolha de dados. Os participantes no estudo foram 135 crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos de idade, de jardins de infância da rede pública, rural e urbana. Todos os procedimentos éticos foram considerados, garantindo o anonimato, a confidencialidade e o consentimento informado das crianças, educadores e famílias ou instituição. As entrevistas às crianças foram registadas e, posteriormente, submetidas à análise de conteúdos da qual surgiram categorias que permitiram a análise dos discursos. Os resultados obtidos salientam que as crianças possuem a noção realista sobre o vírus e os seus efeitos na saúde das pessoas e das suas consequências para a sociedade. Reconhecem também que as medidas tomadas foram necessárias para controlar a disseminação da doença, mas expressam tristeza ao narrarem sobre a falta que sentiram de seus entes queridos, de seus colegas, de brincar fora de casa e de fazer comemorações. ","PeriodicalId":173436,"journal":{"name":"Proceedings INNODOCT/21. International Conference on Innovation, Documentation and Education","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"As perceções das crianças sobre as novas rotinas geradas pelo COVID-19\",\"authors\":\"Cristina Mesquita, A. 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As perceções das crianças sobre as novas rotinas geradas pelo COVID-19
Alguns estudos têm revelado que a pandemia COVID-19 tem consequências devastadoras a curto, médio e longo prazo para as crianças e que se constitui como um fator inibidor dos seus direitos. Tem sido evidenciado, que pode ter graves efeitos a nível físico, emocional e psicológico nas crianças, especialmente em países que tomaram medidas de permanência em casa, obrigando ao confinamento das crianças, condicionando o seu contacto com as outras crianças e, em muitos casos com o ambiente natural. Este estudo pretende-se identificar as conceções que as crianças têm sobre o COVID-19 e a forma como têm vivenciado estes tempos de confinamento físico e a alteração da sua vida social. Para aceder às perceções das crianças, realizou-se um estudo de natureza qualitativa, utilizando a entrevista semiestruturada e o desenho livre como instrumentos de recolha de dados. Os participantes no estudo foram 135 crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos de idade, de jardins de infância da rede pública, rural e urbana. Todos os procedimentos éticos foram considerados, garantindo o anonimato, a confidencialidade e o consentimento informado das crianças, educadores e famílias ou instituição. As entrevistas às crianças foram registadas e, posteriormente, submetidas à análise de conteúdos da qual surgiram categorias que permitiram a análise dos discursos. Os resultados obtidos salientam que as crianças possuem a noção realista sobre o vírus e os seus efeitos na saúde das pessoas e das suas consequências para a sociedade. Reconhecem também que as medidas tomadas foram necessárias para controlar a disseminação da doença, mas expressam tristeza ao narrarem sobre a falta que sentiram de seus entes queridos, de seus colegas, de brincar fora de casa e de fazer comemorações.