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Polícia política, inteligência e segurança na ditadura militar (1964-1984)
As Divisões de Polícia Política e Social cumpriram destacada função com relação à atividade de Inteligência no Brasil durante boa parte do século XX. Após o golpe civil-militar de 1964, a importância do aparato policial foi redimensionada dentro dos Sistemas de Informações e de Segurança construídos durante a ditadura que se seguiu. Neste sentido, pretendemos analisar o trabalho policial com relação à Inteligência doméstica dentro destes sistemas e, num sentido mais amplo, do projeto repressor pretendido pelos governos militares. Tal análise, tendo como fonte a documentação produzida pela Polícia Política no período, se dará a partir da definição conceitual de Inteligência como um trabalho que envolve o segredo e destina-se à coleta e análise de dados a fim de produção de conhecimento. Considerando tratar-se de um organismo policial, levamos em conta que a produção destas informações efetuava um processo de criminalização da oposição política ao regime. O que pretendemos demonstrar é que o know how policial e seu banco de dados foram fundamentais para o projeto de Segurança pretendido naquele contexto, tanto pela atuação do órgão enquanto polícia jurídica como na produção de informações que alimentava o referido sistema.