{"title":"巴西对希伯来文学的接受","authors":"Saul Kirschbaum, Berta Waldman","doi":"10.11606/issn.1984-1124.v1i24p35-50","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A moderna literatura hebraica nasceu no século XIX na Europa, como um instrumento de divulgação das ideias de um movimento que buscava elevar o nível cultural das massas judaicas, que viviam então em pleno atraso medieval. Em seguida, esta literatura acomp anhou a grande migração que assinalou o início da colonização da Palestina, assumindo características étnicas, nacionalistas e coletivistas, a serviço da formação de uma nova identidade judaica e da construção de um E stado nacional. Criado o Estado de Isra el, o idioma evoluiu de seu estágio inicial, com vocabulário precário e estrutura artificial, para uma língua de expressão plena e dinâmica; esta literatura, agora melhor referida como “israelense contemporânea”, supera suas limitações particularistas, pas sando a expressar o modo de vida de um povo vivendo em território nacional e produzindo em seu idioma cotidiano. Quanto a sua recepção no Brasil, essa literatura no início é consumida pela coletividade judaica como uma espécie de propriedade comum da etnia ; nas últimas três décadas, amplia - se o público leitor, como resultado, talvez, de dois fenômenos: o ingresso dos Estudos Judaicos em programas de pós - graduação das principais universidades e o investimento de editoras em tradução, produção e divulgação da s obras de seus principais expoentes.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-10-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Recepção da literatura hebraica no Brasil\",\"authors\":\"Saul Kirschbaum, Berta Waldman\",\"doi\":\"10.11606/issn.1984-1124.v1i24p35-50\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A moderna literatura hebraica nasceu no século XIX na Europa, como um instrumento de divulgação das ideias de um movimento que buscava elevar o nível cultural das massas judaicas, que viviam então em pleno atraso medieval. Em seguida, esta literatura acomp anhou a grande migração que assinalou o início da colonização da Palestina, assumindo características étnicas, nacionalistas e coletivistas, a serviço da formação de uma nova identidade judaica e da construção de um E stado nacional. Criado o Estado de Isra el, o idioma evoluiu de seu estágio inicial, com vocabulário precário e estrutura artificial, para uma língua de expressão plena e dinâmica; esta literatura, agora melhor referida como “israelense contemporânea”, supera suas limitações particularistas, pas sando a expressar o modo de vida de um povo vivendo em território nacional e produzindo em seu idioma cotidiano. Quanto a sua recepção no Brasil, essa literatura no início é consumida pela coletividade judaica como uma espécie de propriedade comum da etnia ; nas últimas três décadas, amplia - se o público leitor, como resultado, talvez, de dois fenômenos: o ingresso dos Estudos Judaicos em programas de pós - graduação das principais universidades e o investimento de editoras em tradução, produção e divulgação da s obras de seus principais expoentes.\",\"PeriodicalId\":371417,\"journal\":{\"name\":\"Revista Criação & Crítica\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-10-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Criação & Crítica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i24p35-50\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Criação & Crítica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i24p35-50","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A moderna literatura hebraica nasceu no século XIX na Europa, como um instrumento de divulgação das ideias de um movimento que buscava elevar o nível cultural das massas judaicas, que viviam então em pleno atraso medieval. Em seguida, esta literatura acomp anhou a grande migração que assinalou o início da colonização da Palestina, assumindo características étnicas, nacionalistas e coletivistas, a serviço da formação de uma nova identidade judaica e da construção de um E stado nacional. Criado o Estado de Isra el, o idioma evoluiu de seu estágio inicial, com vocabulário precário e estrutura artificial, para uma língua de expressão plena e dinâmica; esta literatura, agora melhor referida como “israelense contemporânea”, supera suas limitações particularistas, pas sando a expressar o modo de vida de um povo vivendo em território nacional e produzindo em seu idioma cotidiano. Quanto a sua recepção no Brasil, essa literatura no início é consumida pela coletividade judaica como uma espécie de propriedade comum da etnia ; nas últimas três décadas, amplia - se o público leitor, como resultado, talvez, de dois fenômenos: o ingresso dos Estudos Judaicos em programas de pós - graduação das principais universidades e o investimento de editoras em tradução, produção e divulgação da s obras de seus principais expoentes.