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Destaca-se a região nordeste com 52% dos casos, sendo os principais estados Maranhão (29,7%) e Pernambuco (18%). Quanto às faixas etárias mais acometidas, foram as populações entre 1 – 9 anos e 20 – 39 anos com 42,5% e 21,2%, respectivamente. Na distribuição percentual por raça as mais afetadas foram a branca (46,8%) e a parda (38%). Do total de casos 80,8% apresentaram cura sem sequelas e 9,5% representam o número de óbitos por difteria no Brasil. Durante o período selecionado para estudo ocorreram oscilações percentuais na cobertura vacinal da DTP nas cinco regiões. Ademais, houve um declínio na cobertura das regiões Norte e Nordeste entre os anos de 2012 e 2016 onde foram encontradas as seguintes médias de coberturas: 86,16% e 92,83%, respectivamente, não atingindo o preconizado (95%). 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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DIFTERIA E COBERTURA VACINAL NO BRASIL ENTRE 2007 E 2020
Introdução: A difteria é uma doença aguda causada pelo Corynebacterium diphtheriae e transmitida pelo contato direto com gotículas ou secreções da nasofaringe. Embora a difteria seja uma das doenças mais estudadas atualmente, e a vacina tríplice bacteriana (DTP) seja amplamente utilizada, ainda é endêmica no Brasil. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da difteria e da cobertura vacinal no Brasil entre os anos de 2007 e 2020. Material e métodos: Para isso os dados foram coletados do banco de informação de saúde do DATASUS referente ao período de 2007 a 2020. Resultados: Foram registrados 94 casos notificados no Brasil entre 2007 e 2020, com prevalência do gênero masculino de 51% das notificações. Destaca-se a região nordeste com 52% dos casos, sendo os principais estados Maranhão (29,7%) e Pernambuco (18%). Quanto às faixas etárias mais acometidas, foram as populações entre 1 – 9 anos e 20 – 39 anos com 42,5% e 21,2%, respectivamente. Na distribuição percentual por raça as mais afetadas foram a branca (46,8%) e a parda (38%). Do total de casos 80,8% apresentaram cura sem sequelas e 9,5% representam o número de óbitos por difteria no Brasil. Durante o período selecionado para estudo ocorreram oscilações percentuais na cobertura vacinal da DTP nas cinco regiões. Ademais, houve um declínio na cobertura das regiões Norte e Nordeste entre os anos de 2012 e 2016 onde foram encontradas as seguintes médias de coberturas: 86,16% e 92,83%, respectivamente, não atingindo o preconizado (95%). Conclusão: Tais dados evidenciam a difteria como problema de saúde pública e corroboram a relevância da cobertura vacinal e reforços vacinais, além de ações de educação em saúde.