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Homens profanos: fluidez identitária entre renegados "portugueses" na Índia (c.1540-1612)
O presente artigo oferece análise a respeito de trajetórias de três homens categorizados como apóstatas renegados pelo Santo Ofício de Goa. Súditos da Coroa portuguesa, tais homens, que viveram na Índia a partir de meados dos Quinhentos, aventuraram-se para além dos limites da entidade imperial luso-asiática, o Estado da Índia. Partindo para o Decão, no interior do subcontinente indiano, serviram a sultões, lutaram a favor destes contra portugueses, tornaram-se muçulmanos, assumiram aparência de iogues e retornaram à Cristandade lusitana. Neste contexto, metamorfosearam-se em outros para sobreviverem a duras condições de vida, bem como para escaparem de algozes. De modo a compreender como se deram tais transformações, sobretudo, quanto à identidade dos três renegados, cujas experiências foram analisadas pelo presente artigo mais detidamente a partir de documentação inquisitorial, foram utilizados os conceitos de sagrado e profano de Giorgio Agamben como principais instrumentos teóricos.