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importância da documentação arquitetônica para a Restauração
Na literatura corrente sobre a Teoria da Restauração, as experiências de Camillo Boito na Itália na segunda metade do século XIX são consideradas por muitos autores como uma das primeiras alternativas aos paradigmas principais da Restauração elaboradas contemporaneamente por John Ruskin e Eugène Emmanuel Viollet-Le-Duc. No entanto, sua ponderação tem sido vista de modo reducionista e anacrônico, pouco ressaltando a rica polêmica estabelecida no final do século XIX quanto ao problema do ornamento para a indústria e a leitura documental das obras de arte e de arquitetura antigas. Nestas caracterizações apressadas esquece-se que suas premissas estiveram sempre vinculadas a uma mútua interação com os instrumentos clássicos de estudo e análise da arquitetura histórica: a documentação arquitetônica. Este artigo tem por objetivo revisar o problema do “método filológico” para a Restauração, envolvendo campos conexos (e indissociáveis) da atuação de Camillo Boito na Itália: a história e o ensino da arquitetura. Com base em fontes primárias como textos e desenhos em associação a pesquisas recentes sobre o autor, busca-se afirmar como a documentação aplicada ao reconhecimento da materialidade dos edifícios se tornou para o desenvolvimento da Restauração a partir da teoria boitiana instrumento central de investigação crítica dos monumentos.