{"title":"金黄色葡萄球菌感染的细胞机制:治疗的障碍","authors":"lara oliveira barbosa, Rainer Gaburo Garcia","doi":"10.51161/ii-conamic/30","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Staphylococcus aureus é um micro-organismo presente no microbioma humano, encontrada na pele e fosas nasais de pessoas saudáveis. São classificadas como aeróbicas ou anaeróbicas facultativas, mesófilas, gram – positivas e microscopicamente são apresentadas em formato semelhante a um cacho de uva. Segundo dados do ministério da saúde, foram notificados em torno de 120 mil casos de septicemia no ano de 2021, atrelado a uma mortalidade de 46%. Objetivo: Nesse sentido, o trabalho consiste em avaliar os mecanismos moleculares relacionados à S. aureus, geralmente encontrada em pacientes nasocomiais com risco de sepse. Material e Métodos: Para isso foi realizado uma revisão integrativa da literatura, utilizando os descritores PubMed, Portais Periódicos Capes e Scielo. Resultados: A priori, S. aureus entra na corrente sanguínea através de uma infeção cutânea iniciando o ciclo de vida patogênico, utilizando de mecanismos celulares e moleculares que garantem sua sobrevivência. A adesina garante a fixação nos tecidos e sinaliza proteínas na membrana para se ligar aos anticorpos. Além disso, possuem cápsulas que evita sua fagocitose formando uma membrana externa como proteção. Contudo, alguns sintomas são apresentados quando o sistema imune reconhece S. aureus pelos seus peptídeosgliganos, ocorrendo assim uma resposta a esse imunógeno. A resposta clínica do paciente infectado depende do local da instalação, da condição imunológica e do contágio, geralmente quando há contaminação sanguínea terá a formação de vermelhidão e inchaço no tecido epitelial. Assim, o indivíduo pode apresentar um quadro clínico simples com apresentação de acnes, furúnculos e celulites, ou, ainda, em casos mais graves, evoluir para o surgimento de pneumonia. Por sua alta capacidade infectante, foi umas das primeiras bactérias a serem controladas com o uso de antibióticos. Entretanto, devido a sua enorme adaptação celular conseguiram criar resistência a fármacos já existentes, devido a mutações em seus genes ou pela aquisição de genes de outras bactérias. Conclusão: Desse modo, o combate as cepas resistentes são medidas para a redução desse contágio. Em suma, é imprescindível que a saúde pública se una ao campo científico para o desenvolvimento de alternativas medicamentosas capazes de combater esses agentes multirresistentes e reduzir o número de internações e óbitos decorrentes da infecção por S. aureus.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"OS MECANISMOS CELULARES NA INFECÇÃO POR STAPHYLOCCOCUS AUREUS:OS OBSTÁCULOS EM SEU TRATAMENTO\",\"authors\":\"lara oliveira barbosa, Rainer Gaburo Garcia\",\"doi\":\"10.51161/ii-conamic/30\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: Staphylococcus aureus é um micro-organismo presente no microbioma humano, encontrada na pele e fosas nasais de pessoas saudáveis. 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OS MECANISMOS CELULARES NA INFECÇÃO POR STAPHYLOCCOCUS AUREUS:OS OBSTÁCULOS EM SEU TRATAMENTO
Introdução: Staphylococcus aureus é um micro-organismo presente no microbioma humano, encontrada na pele e fosas nasais de pessoas saudáveis. São classificadas como aeróbicas ou anaeróbicas facultativas, mesófilas, gram – positivas e microscopicamente são apresentadas em formato semelhante a um cacho de uva. Segundo dados do ministério da saúde, foram notificados em torno de 120 mil casos de septicemia no ano de 2021, atrelado a uma mortalidade de 46%. Objetivo: Nesse sentido, o trabalho consiste em avaliar os mecanismos moleculares relacionados à S. aureus, geralmente encontrada em pacientes nasocomiais com risco de sepse. Material e Métodos: Para isso foi realizado uma revisão integrativa da literatura, utilizando os descritores PubMed, Portais Periódicos Capes e Scielo. Resultados: A priori, S. aureus entra na corrente sanguínea através de uma infeção cutânea iniciando o ciclo de vida patogênico, utilizando de mecanismos celulares e moleculares que garantem sua sobrevivência. A adesina garante a fixação nos tecidos e sinaliza proteínas na membrana para se ligar aos anticorpos. Além disso, possuem cápsulas que evita sua fagocitose formando uma membrana externa como proteção. Contudo, alguns sintomas são apresentados quando o sistema imune reconhece S. aureus pelos seus peptídeosgliganos, ocorrendo assim uma resposta a esse imunógeno. A resposta clínica do paciente infectado depende do local da instalação, da condição imunológica e do contágio, geralmente quando há contaminação sanguínea terá a formação de vermelhidão e inchaço no tecido epitelial. Assim, o indivíduo pode apresentar um quadro clínico simples com apresentação de acnes, furúnculos e celulites, ou, ainda, em casos mais graves, evoluir para o surgimento de pneumonia. Por sua alta capacidade infectante, foi umas das primeiras bactérias a serem controladas com o uso de antibióticos. Entretanto, devido a sua enorme adaptação celular conseguiram criar resistência a fármacos já existentes, devido a mutações em seus genes ou pela aquisição de genes de outras bactérias. Conclusão: Desse modo, o combate as cepas resistentes são medidas para a redução desse contágio. Em suma, é imprescindível que a saúde pública se una ao campo científico para o desenvolvimento de alternativas medicamentosas capazes de combater esses agentes multirresistentes e reduzir o número de internações e óbitos decorrentes da infecção por S. aureus.