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Com o intuito de refletir acerca do diálogo existente entre um corpo arquivo e os processos de corporificação da dança, buscamos analisar a artificação do corpo sem órgãos, conceito cunhado por Artaud (1983), e as experimentações de um corpo como um campo de forças e passível de atravessamentos. Para isso, o corpo do bailarino Butoh torna-se um arquivo de memórias no qual signos são invertidos e atravessados por palavras. O bailarino Butoh é essa concha vazia que vai sendo atravessada por palavras, que abrem espaço para dialogar com a pluralidade de seu mundo interno. Refletir sobre o ato de artificar um corpo sem órgãos faz surtir inúmeros questionamentos e, para transpor tudo isso para o campo do patrimônio e da memória, são necessários primeiramente distinguir o conceito de arte e o de patrimônio e desassociá-los. Desse ponto de partida esta comunicação se propõe a pensar, tendo como elementos principais o corpo e as linguagens nele inscritas, de modo a perceber os jogos de identidade e memória que surgem por meio da dança e da performance do bailarino Butoh.