{"title":"巴西的阶级斗争、媒体、宗教和政治","authors":"Walter Rodrigues Marques","doi":"10.47820/acertte.v2i11.108","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O texto reflete o multifacetado Brasil, discutindo luta de classes e a influência da mídia e da religião neopentecostal na política. O pano de fundo foi o resultado do primeiro turno das eleições de 2022 que, definitivamente, explicitou a polarização entre esquerda e direita no Brasil. O artigo objetiva expor o que essas duas bandeiras polarizadas ideologicamente mobilizam enquanto agenda para atrair seus eleitores. A esquerda tem uma política focada na redução da desigualdade social, representada pelo PT. Todavia, não exclui as relações do Estado com o mercado. A direita mobiliza valores caros à sociedade brasileira como a família tradicional, a religião e faz uma leitura da teologia da prosperidade, meritocracia e devoção ao neoliberalismo. O voto no Brasil, em sua maioria, tem por agenda, a pessoalidade, se vota no candidato, não no plano de governo. Por tais características, a ideologia é o principal ente das campanhas eleitorais, mobilizando os mais variados temas-tabu da sociedade, questões caras aos cristãos, como aborto e união homoafetiva, especialmente, por parte de uma significativa parcela dos neopentecostais. O analfabetismo é um amálgama da educação brasileira e este entrave vira agência quando se trata dos eleitores da esquerda, pois a direita incute a esses eleitores, o analfabetismo. E, onipresente, onisciente, onipotente, está a mídia que, para o bem ou para o mau, tece seus fios a favor de quem lhe favorecer. Como metodologia, utilizou-se a análise do cenário político brasileiro, com inclinação para a análise do discurso, com viés qualitativo.","PeriodicalId":412396,"journal":{"name":"REVISTA CIENTÍFICA ACERTTE - ISSN 2763-8928","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"LUTA DE CLASSES, MÍDIA, RELIGIÃO E POLÍTICA NO BRASIL\",\"authors\":\"Walter Rodrigues Marques\",\"doi\":\"10.47820/acertte.v2i11.108\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O texto reflete o multifacetado Brasil, discutindo luta de classes e a influência da mídia e da religião neopentecostal na política. O pano de fundo foi o resultado do primeiro turno das eleições de 2022 que, definitivamente, explicitou a polarização entre esquerda e direita no Brasil. O artigo objetiva expor o que essas duas bandeiras polarizadas ideologicamente mobilizam enquanto agenda para atrair seus eleitores. A esquerda tem uma política focada na redução da desigualdade social, representada pelo PT. Todavia, não exclui as relações do Estado com o mercado. A direita mobiliza valores caros à sociedade brasileira como a família tradicional, a religião e faz uma leitura da teologia da prosperidade, meritocracia e devoção ao neoliberalismo. O voto no Brasil, em sua maioria, tem por agenda, a pessoalidade, se vota no candidato, não no plano de governo. Por tais características, a ideologia é o principal ente das campanhas eleitorais, mobilizando os mais variados temas-tabu da sociedade, questões caras aos cristãos, como aborto e união homoafetiva, especialmente, por parte de uma significativa parcela dos neopentecostais. O analfabetismo é um amálgama da educação brasileira e este entrave vira agência quando se trata dos eleitores da esquerda, pois a direita incute a esses eleitores, o analfabetismo. E, onipresente, onisciente, onipotente, está a mídia que, para o bem ou para o mau, tece seus fios a favor de quem lhe favorecer. Como metodologia, utilizou-se a análise do cenário político brasileiro, com inclinação para a análise do discurso, com viés qualitativo.\",\"PeriodicalId\":412396,\"journal\":{\"name\":\"REVISTA CIENTÍFICA ACERTTE - ISSN 2763-8928\",\"volume\":\"5 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-11-10\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"REVISTA CIENTÍFICA ACERTTE - ISSN 2763-8928\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.47820/acertte.v2i11.108\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVISTA CIENTÍFICA ACERTTE - ISSN 2763-8928","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.47820/acertte.v2i11.108","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
LUTA DE CLASSES, MÍDIA, RELIGIÃO E POLÍTICA NO BRASIL
O texto reflete o multifacetado Brasil, discutindo luta de classes e a influência da mídia e da religião neopentecostal na política. O pano de fundo foi o resultado do primeiro turno das eleições de 2022 que, definitivamente, explicitou a polarização entre esquerda e direita no Brasil. O artigo objetiva expor o que essas duas bandeiras polarizadas ideologicamente mobilizam enquanto agenda para atrair seus eleitores. A esquerda tem uma política focada na redução da desigualdade social, representada pelo PT. Todavia, não exclui as relações do Estado com o mercado. A direita mobiliza valores caros à sociedade brasileira como a família tradicional, a religião e faz uma leitura da teologia da prosperidade, meritocracia e devoção ao neoliberalismo. O voto no Brasil, em sua maioria, tem por agenda, a pessoalidade, se vota no candidato, não no plano de governo. Por tais características, a ideologia é o principal ente das campanhas eleitorais, mobilizando os mais variados temas-tabu da sociedade, questões caras aos cristãos, como aborto e união homoafetiva, especialmente, por parte de uma significativa parcela dos neopentecostais. O analfabetismo é um amálgama da educação brasileira e este entrave vira agência quando se trata dos eleitores da esquerda, pois a direita incute a esses eleitores, o analfabetismo. E, onipresente, onisciente, onipotente, está a mídia que, para o bem ou para o mau, tece seus fios a favor de quem lhe favorecer. Como metodologia, utilizou-se a análise do cenário político brasileiro, com inclinação para a análise do discurso, com viés qualitativo.