{"title":"埃迪利亚·桑托斯:黑人女性的声音让小鸟唱得更大声","authors":"M. Nascimento","doi":"10.18540/revesvl4iss3pp12784-01-07e","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este é mais um escrito (temos muitos e virão outros de muitas outras) de uma mulher negra que reconhece outra mulher negra como inspiração pra ação, pra luta e pra reflexão epistemológica. É também um diálogo com Audre Lorde sobre a transformação do silêncio em ação e a organização da raiva pelas mulheres negras em ação política e transformadora, configura-se num passeio pela potência gerada da Dororidade (Vilma Piedade) e nas escrevivências (Conceição Evaristo). Nossa personagem é feminista, mulher negra, periférica, cantora, atriz, mãe de 03 filhos e uma filha, é também avó. Ediclea Santos (Clea) a mulher negra que faz o canto das mulheres de Passarinho, seu bairro, entoar forte e ecoar além dos muros locais. Clea tem uma chama pro canto, pra coletividade, pro ajuntamento de vozes silenciadas, mas ela não canta nem fala pelas outras, ela articula, movimenta, instiga e provoca agitos. É uma das organizadoras do Espaço Mulher de Passarinho (antes as Kombeiras), do Ocupe Passarinho, seu ativismo se articula no Fórum de Mulheres de Pernambuco, na Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, na Articulação de Mulheres Brasileiras e vem fazendo costuras e misturas democráticas com diversos movimentos. É sobre potências negras, é sobre a transformação da dor em potência, sobre ética e poética das mulheres negras.","PeriodicalId":281160,"journal":{"name":"REVES - Revista Relações Sociais","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Ediclea Santos: a voz da mulher negra que faz Passarinho cantar mais alto\",\"authors\":\"M. Nascimento\",\"doi\":\"10.18540/revesvl4iss3pp12784-01-07e\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este é mais um escrito (temos muitos e virão outros de muitas outras) de uma mulher negra que reconhece outra mulher negra como inspiração pra ação, pra luta e pra reflexão epistemológica. É também um diálogo com Audre Lorde sobre a transformação do silêncio em ação e a organização da raiva pelas mulheres negras em ação política e transformadora, configura-se num passeio pela potência gerada da Dororidade (Vilma Piedade) e nas escrevivências (Conceição Evaristo). Nossa personagem é feminista, mulher negra, periférica, cantora, atriz, mãe de 03 filhos e uma filha, é também avó. Ediclea Santos (Clea) a mulher negra que faz o canto das mulheres de Passarinho, seu bairro, entoar forte e ecoar além dos muros locais. Clea tem uma chama pro canto, pra coletividade, pro ajuntamento de vozes silenciadas, mas ela não canta nem fala pelas outras, ela articula, movimenta, instiga e provoca agitos. É uma das organizadoras do Espaço Mulher de Passarinho (antes as Kombeiras), do Ocupe Passarinho, seu ativismo se articula no Fórum de Mulheres de Pernambuco, na Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, na Articulação de Mulheres Brasileiras e vem fazendo costuras e misturas democráticas com diversos movimentos. É sobre potências negras, é sobre a transformação da dor em potência, sobre ética e poética das mulheres negras.\",\"PeriodicalId\":281160,\"journal\":{\"name\":\"REVES - Revista Relações Sociais\",\"volume\":\"30 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-08-02\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"REVES - Revista Relações Sociais\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12784-01-07e\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVES - Revista Relações Sociais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18540/revesvl4iss3pp12784-01-07e","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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摘要
这是另一篇来自一位黑人女性的文章(我们有很多,还会有更多),她认为另一名黑人女性是行动、斗争和认识论反思的灵感。这也是一个与Audre Lorde的对话,关于沉默在行动中的转变,以及黑人女性在政治和变革行动中的愤怒组织,它被配置在一个由Dororidade (Vilma Piedade)和写作(conceicao Evaristo)产生的力量的旅程中。我们的角色是女权主义者,黑人女性,外围,歌手,演员,03个孩子和一个女儿的母亲,也是祖母。艾迪利亚·桑托斯(Clea)是一名黑人女性,她为她的社区唱着“鸟儿的女人”,大声呼喊,并在当地的墙壁之外产生共鸣。Clea有一种歌唱的火焰,一种集体的火焰,一种无声的声音的聚集,但她不为别人唱歌或说话,她表达、移动、煽动和引起骚动。她是espaco Mulher de Passarinho(前Kombeiras)、Ocupe Passarinho的组织者之一,她的行动主义在伯南布哥妇女论坛、伯南布哥黑人妇女网络、巴西妇女的联合中得到了表达,并与各种运动进行了民主的融合。它是关于黑人的力量,是关于将痛苦转化为力量,是关于黑人女性的伦理和诗学。
Ediclea Santos: a voz da mulher negra que faz Passarinho cantar mais alto
Este é mais um escrito (temos muitos e virão outros de muitas outras) de uma mulher negra que reconhece outra mulher negra como inspiração pra ação, pra luta e pra reflexão epistemológica. É também um diálogo com Audre Lorde sobre a transformação do silêncio em ação e a organização da raiva pelas mulheres negras em ação política e transformadora, configura-se num passeio pela potência gerada da Dororidade (Vilma Piedade) e nas escrevivências (Conceição Evaristo). Nossa personagem é feminista, mulher negra, periférica, cantora, atriz, mãe de 03 filhos e uma filha, é também avó. Ediclea Santos (Clea) a mulher negra que faz o canto das mulheres de Passarinho, seu bairro, entoar forte e ecoar além dos muros locais. Clea tem uma chama pro canto, pra coletividade, pro ajuntamento de vozes silenciadas, mas ela não canta nem fala pelas outras, ela articula, movimenta, instiga e provoca agitos. É uma das organizadoras do Espaço Mulher de Passarinho (antes as Kombeiras), do Ocupe Passarinho, seu ativismo se articula no Fórum de Mulheres de Pernambuco, na Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, na Articulação de Mulheres Brasileiras e vem fazendo costuras e misturas democráticas com diversos movimentos. É sobre potências negras, é sobre a transformação da dor em potência, sobre ética e poética das mulheres negras.