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A HORA PRESENTE: ENCENANDO A DOR E O SILÊNCIO EM A HORA DA ESTRELA
Neste artigo buscamos realizar uma leitura do romance A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector, em contribuicao ao dossie que homenageia os 40 anos de sua primeira publicacao no Brasil. As reflexoes apontam para o modo como a estrutura narrativa, sua tematizacao e o tensionamento dos limites da linguagem dao voz aos sons musicais e ao silencio, criando outras sonoridades possiveis, diferentes daquela que embala a poetica da civilizacao moderna. A hora presente, marcada ao longo de todo o relato, pontuaria uma profunda consciencia do escritor/escritora sobre a escuridao de seu proprio tempo. De maneira analoga, este “hoje” demarcaria a tragica vida de Macabea, destituida de experiencias passadas e de um projeto de futuro possivel. Nesse sentido, a personagem estaria presa entre o inicio e o fim, presa na hora exata de um silencioso e doloroso presente.