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O gato é considerado um reservatório para o S. brasiliense por conta de sua alta susceptibilidade a infecção e a adaptabilidade do fungo à espécie. Nas últimas décadas o gato doméstico macho, adulto, não castrado e semi-domiciliado se tornou o mais importante agente transmissor da esporotricose no meio urbano, tanto para o ser humano, quanto para cães e outros gatos. O diagnóstico deve ser realizado através de cultura fúngica com o isolamento do agente, porém na impossibilidade da realização do mesmo podem utilizadas outras técnicas como citologia, histopatologia e imuno-histoquimica. É autorizado realizar o tratamento dos animais doentes com antifúngicos sistêmicos, porém pode ter um custo elevado levando em conta o valor do medicamento de eleição e a duração do tratamento. Em casos mais graves ou refratários pode ser necessário a associação de mais de um medicamento.","PeriodicalId":105827,"journal":{"name":"Anais do III Congresso On-line Nacional de Clínica Veterinária de Pequenos Animais","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ESPOROTRICOSE FELINA: REVISÃO DE LITERATURA\",\"authors\":\"Luciellen de Oliveira Lopes\",\"doi\":\"10.51161/clinvet2023/22198\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"RESUMO A esporotricose é uma micose fúngica zoonótica de ocorrência mundial, mais relatada em países de clima tropical e subtropical. É causada complexo fúngico Sporothrix schenckii e no Brasil tem como principal agente o Sporothrix brasilienses. 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RESUMO A esporotricose é uma micose fúngica zoonótica de ocorrência mundial, mais relatada em países de clima tropical e subtropical. É causada complexo fúngico Sporothrix schenckii e no Brasil tem como principal agente o Sporothrix brasilienses. O S. brasilienses é um fungo dimórfico que pode se apresentar em duas formas distintas de acordo com a temperatura do meio em que se encontra. Este fungo pode acometer diversas espécies, mas neste trabalho especificamente será abordado a infecção em felinos. Para que o ocorra a infecção por este agente é preciso que haja a sua inoculação, geralmente por origem traumática através de perfurações com espinhos de plantas, mordeduras e/ou arranhaduras de gatos contendo o fungo em seus dentes ou unhas. O gato é considerado um reservatório para o S. brasiliense por conta de sua alta susceptibilidade a infecção e a adaptabilidade do fungo à espécie. Nas últimas décadas o gato doméstico macho, adulto, não castrado e semi-domiciliado se tornou o mais importante agente transmissor da esporotricose no meio urbano, tanto para o ser humano, quanto para cães e outros gatos. O diagnóstico deve ser realizado através de cultura fúngica com o isolamento do agente, porém na impossibilidade da realização do mesmo podem utilizadas outras técnicas como citologia, histopatologia e imuno-histoquimica. É autorizado realizar o tratamento dos animais doentes com antifúngicos sistêmicos, porém pode ter um custo elevado levando em conta o valor do medicamento de eleição e a duração do tratamento. Em casos mais graves ou refratários pode ser necessário a associação de mais de um medicamento.