Natan Augusto de Almeida Santana, Alexandre Augusto de Andrade Santana, Bernardo Malheiros Tessari, Gustavo Rodrigues Póvoa, Sérgio Gabriell de Oliveira Moura, Yuri Borges Bitu de Freitas
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O tratamento mais comum é o uso de lentes corretivas, mas outras opções incluem terapia com colírios atropínicos, ortoqueratologia e cirurgia refrativa. OBJETIVO: Avaliar a relação entre a progressão da miopia e uso de aparelho celular na infância. MÉTODOS: Trata-se de revisão sistemática composta por artigos do PubMed. Os termos MeSH são myopia e screen time e os operadores booleanos AND e OR. Os filtros aplicados foram: 10 years, clinical study, comparative study, case reports e child. Compuseram a revisão um total de 8 artigos. RESULTADOS: A miopia é uma condição ocular que afeta cada vez mais crianças em todo o mundo, e estudos recentes sugerem que a pandemia de COVID-19 pode ter acelerado seu desenvolvimento. Mudanças no estilo de vida das crianças, como o aumento do tempo de exposição às telas e a redução da exposição à luz solar, são apontadas como possíveis causas. Um relato de caso descreve uma paciente que desenvolveu esotropia aguda adquirida após um período prolongado de estudo remoto e uso excessivo de dispositivos eletrônicos durante o lockdown de COVID-19. Dados de um estudo americano indicam que crianças negras apresentaram uma menor progressão de miopia em comparação com crianças asiáticas, seguidas de brancas e hispânicas. A etnia é um importante fator a ser considerado na avaliação e manejo da miopia em crianças. Um estudo dinamarquês sugere que os adolescentes com menor atividade física apresentaram maior prevalência de miopia do que aqueles com maior atividade física, e o tempo gasto em atividades de tela, como assistir TV e usar computadores, smartphones e tablets, também foi associado a uma maior prevalência de miopia. As intervenções preventivas para o desenvolvimento da miopia em crianças incluem a promoção de atividades ao ar livre e a limitação do uso de dispositivos eletrônicos. CONCLUSÃO: O uso prolongado de aparelhos eletrônicos, especialmente celulares, está associado ao desenvolvimento ou progressão da miopia em crianças e adolescentes, conforme evidências de artigos revisados. A pandemia de COVID-19 pode ter aumentado o risco de miopia devido ao confinamento e aumento do tempo de uso de dispositivos eletrônicos. Estratégias de prevenção incluem reduzir o tempo de exposição à tela, aumentar atividades ao ar livre e realizar exames oftalmológicos regulares. 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A PROGRESSÃO DA MIOPIA ASSOCIADA AO USO DE APARELHO CELULAR NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
INTRODUÇÃO: A miopia é um distúrbio ocular comum caracterizado pela dificuldade em enxergar objetos distantes devido ao alongamento excessivo do globo ocular. Fatores de risco incluem predisposição genética, uso excessivo de dispositivos eletrônicos e atividade física limitada. Medidas de prevenção incluem exposição à luz solar, aumento da atividade física e redução do tempo de uso de dispositivos eletrônicos. O diagnóstico é feito por exame oftalmológico completo e os sintomas incluem dificuldade em enxergar objetos distantes, dores de cabeça e fadiga ocular. O tratamento mais comum é o uso de lentes corretivas, mas outras opções incluem terapia com colírios atropínicos, ortoqueratologia e cirurgia refrativa. OBJETIVO: Avaliar a relação entre a progressão da miopia e uso de aparelho celular na infância. MÉTODOS: Trata-se de revisão sistemática composta por artigos do PubMed. Os termos MeSH são myopia e screen time e os operadores booleanos AND e OR. Os filtros aplicados foram: 10 years, clinical study, comparative study, case reports e child. Compuseram a revisão um total de 8 artigos. RESULTADOS: A miopia é uma condição ocular que afeta cada vez mais crianças em todo o mundo, e estudos recentes sugerem que a pandemia de COVID-19 pode ter acelerado seu desenvolvimento. Mudanças no estilo de vida das crianças, como o aumento do tempo de exposição às telas e a redução da exposição à luz solar, são apontadas como possíveis causas. Um relato de caso descreve uma paciente que desenvolveu esotropia aguda adquirida após um período prolongado de estudo remoto e uso excessivo de dispositivos eletrônicos durante o lockdown de COVID-19. Dados de um estudo americano indicam que crianças negras apresentaram uma menor progressão de miopia em comparação com crianças asiáticas, seguidas de brancas e hispânicas. A etnia é um importante fator a ser considerado na avaliação e manejo da miopia em crianças. Um estudo dinamarquês sugere que os adolescentes com menor atividade física apresentaram maior prevalência de miopia do que aqueles com maior atividade física, e o tempo gasto em atividades de tela, como assistir TV e usar computadores, smartphones e tablets, também foi associado a uma maior prevalência de miopia. As intervenções preventivas para o desenvolvimento da miopia em crianças incluem a promoção de atividades ao ar livre e a limitação do uso de dispositivos eletrônicos. CONCLUSÃO: O uso prolongado de aparelhos eletrônicos, especialmente celulares, está associado ao desenvolvimento ou progressão da miopia em crianças e adolescentes, conforme evidências de artigos revisados. A pandemia de COVID-19 pode ter aumentado o risco de miopia devido ao confinamento e aumento do tempo de uso de dispositivos eletrônicos. Estratégias de prevenção incluem reduzir o tempo de exposição à tela, aumentar atividades ao ar livre e realizar exames oftalmológicos regulares. É urgente conscientizar sobre os riscos associados à exposição prolongada a dispositivos eletrônicos na infância e adolescência.